Como prevenir o câncer de mama com atitudes que salvam vidas
Esse é o tipo de tumor mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, segundo o Ministério da Saúde. Também o com maior índice de morte entre elas, aponta o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Embora a genética e outros fatores não modificáveis influenciem, há muito o que fazer para se proteger. O conteúdo a seguir explica como prevenir o câncer de mama e o impacto de cada ação nesse objetivo.
O que fazer para prevenir o câncer de mama
A prevenção se divide em duas frentes complementares: a primária, voltada à adoção de hábitos saudáveis que diminuem a chance de desenvolver a condição; e a secundária, focada na detecção precoce, quando ainda não há sintomas.
Prevenção primária
Consiste em escolhas conscientes que impactam diretamente na diminuição do risco de câncer. A seguir, algumas medidas comportamentais que podem ser modificadas:
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
O álcool influencia na carcinogênese ao aumentar os níveis de estrogênio circulante no organismo, além de produzir substâncias tóxicas como o acetaldeído, que podem danificar o DNA celular. Além disso, o consumo está associado a formas mais agressivas e com pior prognóstico.
Em países da América Latina, região na qual o Brasil se encontra, é um dos principais fatores de risco modificáveis para o câncer de mama, aponta estudo publicado na revista Cadernos de Saúde Coletiva, periódico da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ). Não existe uma dose considerada segura.
Controlar o peso
De acordo com estudo publicado na revista Research, Society and Development, mulheres com sobrepeso têm até 3,5 vezes mais chances de desenvolver a enfermidade.
Isso porque o excesso acaba promovendo um estado inflamatório crônico no organismo e interfere no equilíbrio hormonal, elevando os níveis de estrogênio — hormônio capaz de estimular o crescimento de células mamárias malignas.
Além disso, a obesidade tem forte relação com a resistência insulínica e alterações metabólicas, que podem incitar a multiplicação celular descontrolada.

Praticar atividade física regularmente
Pessoas sedentárias apresentam maior propensão a tumores, segundo estudo publicado na revista Research, Society and Development, pois a falta de atividade física favorece o acúmulo de gordura corporal, o aumento do estrogênio e a resistência à insulina.
A recomendação atual da Organização Mundial da Saúde (OMS) é a de se praticar, pelo menos, 150 minutos semanais de exercícios moderados, como caminhadas rápidas, bicicleta ou dança, para auxiliar no equilíbrio hormonal e na manutenção de um peso saudável.
Não fumar
O tabagismo está relacionado a diversos quadros graves, especialmente quando associado a outros hábitos nocivos já citados, aponta estudo publicado na revista Research, Society and Development.
As substâncias tóxicas presentes em cigarros, charutos, vapes e outros produtos como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos e nitrosaminas, podem induzir mutações genéticas, desencadear inflamações crônicas e prejudicar os mecanismos de defesa celular, como a reparação do DNA, facilitando o aparecimento de massas malignas.
Além disso, fumar pode reduzir a eficácia de tratamentos e comprometer a recuperação após o diagnóstico.
Alimentar-se de forma equilibrada
Uma dieta rica em frutas, legumes, verduras, grãos integrais e alimentos minimamente processados é essencial na prevenção.
Esses alimentos fornecem antioxidantes, fibras e compostos bioativos que combatem os radicais livres, ajudam a reduzir a inflamação crônica e favorecem a regulação hormonal. Manter a alimentação equilibrada também contribui para o controle do peso corporal.
Padrões alimentares saudáveis estão ligados à menor incidência de diversos tipos de câncer, incluindo o de mama, aponta revisão publicada na revista Research, Society and Development.

Evitar uso prolongado de hormônios
Anticoncepcionais e terapias hormonais usados na menopausa devem contar com orientação médica, especialmente em tratamentos contínuos. Essas substâncias atuam no controle de estrogênio e progesterona e podem acabar aumentando-os em níveis que estimulam o crescimento das células cancerígenas.
No pós-menopausa, aplicados por mais de cinco anos, podem elevar significativamente a probabilidade de surgimento de tumores mamários, principalmente em mulheres com histórico familiar ou predisposição genética, segundo revisão integrativa publicada na revista Research, Society and Development.
Amamentar por mais tempo
A amamentação é considerada um fator protetor, pois ajuda a reduzir o estrogênio no organismo durante o período e, consequentemente, a exposição acumulada ao longo da vida.
Soma-se a isso o fato de o processo promover a renovação do tecido mamário e estimular o sistema imunológico.
A mesma revisão publicada na revista Research, Society and Development aponta que quanto mais tempo de aleitamento (especialmente por mais de 12 meses), menor a incidência da condição.
Atualmente, a OMS recomenda que o leite materno seja a única fonte nutricional para o bebê nos primeiros seis meses de vida.

Prevenção secundária
Tem como principal objetivo identificar alterações nas mamas o mais cedo possível, antes que o câncer avance.
Quando diagnosticado ainda em estágio inicial, as chances de sucesso no tratamento são significativamente maiores, podendo ultrapassar 90% nos casos iniciais, segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
Realizar mamografias
Principal exame de rastreamento, que deve ser feito a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos, conforme as diretrizes brasileiras, elaboradas pelo INCA, para detecções precoces. Quem tem histórico familiar ou outros fatores de risco deve iniciar mais cedo, de acordo com orientação médica.
Ficar atenta aos sinais
Embora o autoexame não seja considerado um método oficial, conhecer o próprio corpo é importante. Mudanças como nódulos, secreções, inchaços ou modificações na pele devem ser investigadas.
Consultar regularmente especialistas
Ginecologistas e mastologistas são os profissionais mais indicados para acompanhar a saúde das mamas. O Cartão dr.consulta facilita esse acesso, oferecendo exames e consultas com preços acessíveis.
Prevenir o câncer de mama é possível com mudanças simples no estilo de vida e check-ups periódicos para monitoramento geral da saúde, garantindo mais bem-estar e segurança ao longo da vida.
Fontes:
- Cadernos de Saúde Coletiva;
- Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil;
- Instituto Nacional de Câncer;
- Ministério da Saúde;
- Organização Mundial da Saúde;
- Organização Mundial da Saúde;
- Research, Society and Development;
- Research, Society and Development;
- Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica .
Gostei desse artigo me tirou muitas dúvidas Eu fiz exame de mamografia e ultrassonografia da mama e deu um nódulo de 7milietro fiquei um pouco preocupada pois o médico falou que não tem tratamento mais não corre o risco de vir a se tornar um nódulo maligno,menos mau
Olá, Edna! É bom manter o seu acompanhamento sempre e se cuidar! ?
[…] teve câncer de mama no […]
Excelente conteúdo. Chegam muitas mulheres no consultório ainda com muitas dúvidas em relação aos exames e prevenção de uma doença tão comum. Parabéns
Igor https://www.vetopet.com.br/
[…] é indispensável. É ele quem determina possíveis restrições, que incluem diagnósticos de câncer de mama ou endométrio, histórico de sangramento vaginal e risco de tromboses, que precisam ser analisados […]
[…] detecção de um nódulo na mama reforça a importância do cuidado preventivo. Afinal, quanto mais cedo ele for encontrado, maiores são as chances de um diagnóstico tranquilo, […]
[…] risco de alguns tipos de câncer (como nas mamas) no futuro, graças à exposição prolongada aos hormônios […]