Como saber se estou com diabetes? Saiba os principais sinais

Essa disfunção afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Caracterizada pela elevação dos níveis de glicose no organismo, pode desencadear complicações se não for diagnosticada e tratada adequadamente.
Mas como saber se estou com diabetes ou não? qQuando a condição surge? Existem sintomas? Como o diagnóstico é feito? Ao longo deste conteúdo, essas e outras questões serão respondidas.
Entendendo o que realmente é o diabetes
O diabetes ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente ou não utiliza essa substância de forma eficaz. Ela é um hormônio produzido pelo pâncreas, responsável por regular a glicose e permitir que ela seja utilizada como fonte energética pelas células.
Quando existe um desequilíbrio nesse mecanismo, esse açúcar se acumula no sangue. Resumidamente, são dois tipos principais de diabetes:
- o tipo 1, geralmente diagnosticado em crianças e adolescentes, aparece se as defesas naturais atacam e destroem as estruturas celulares do pâncreas que produzem o elemento;
- o tipo 2, presente sobretudo em adultos, vinculado a aspectos como obesidade, sedentarismo e histórico familiar. Nesse caso, não se aproveita a substância apropriadamente ou não se produz uma quantidade mínima.
Adicionalmente, o diabetes gestacional acontece na gravidez e eleva o risco de intercorrências tanto para a mãe quanto para o bebê, além da chance de aparecimento do diabetes tipo 2 futuramente.
Os possíveis sintomas de um quadro de diabetes

Os sinais do distúrbio variam dependendo do tipo e da gravidade. Não é raro que a evolução seja completamente silenciosa, até ocorrer um pico de concentração de glicose ou uma possível complicação.
De qualquer maneira, alguns dos aspectos que devem servir de alerta para buscar ajuda médica estão:
- sede excessiva e aumento da vontade de urinar;
- fadiga e cansaço permanente;
- visão embaçada;
- perda de peso sem motivo aparente;
- feridas que demoram a cicatrizar;
- formigamento ou dormência nas mãos e nos pés;
- infecções frequentes.
Abaixo estão exemplos de como esses incômodos costumam se manifestar.
Sede excessiva e aumento da vontade de urinar
O excesso de glicose no sangue faz com que os rins trabalhem complementarmente para filtrar e eliminar o açúcar, provocando desidratação e a demanda acima do normal por líquidos.
Fadiga e cansaço permanente
A indisposição é outro sinal comum. As células não absorvem a glicose, fazendo com que o corpo fique sem “combustível”, resultando na sensação de esgotamento.
Visão embaçada
O açúcar na circulação atinge os vasos sanguíneos dos olhos, causando o embaçamento da vista. Sem o devido tratamento, o diabetes gera consequências graves, como a retinopatia diabética, o que exige a intervenção de um oftalmologista.
Perda de peso sem motivo aparente
No diabetes tipo 1, o emagrecimento repentino e sem explicação é frequentemente notável. A razão é simples: há a queima de gordura interna e músculos para obter energia, já que não consegue utilizar a glicose.
Feridas que demoram a cicatrizar
O prejuízo ao fluxo sanguíneo e ao sistema imunológico gerado pela variação no metabolismo dificulta a recuperação de lesões na pele, principalmente nas pernas e nos pés.
Formigamento ou dormência nas mãos e nos pés
A alta concentração de glicose eventualmente danifica nervos, levando à neuropatia diabética. Ela tem como manifestações justamente as sensações de formigamento, dormência ou até dor nas extremidades.
Infecções frequentes
Diabéticos ficam suscetíveis a episódios infecciosos recorrentes, especialmente na pele, nas gengivas e no trato urinário. Isso é decorrente de um sistema de defesa que fica comprometido pelo descompensação metabólica.
Diante de um ou mais desses sinais e sintomas, é indispensável procurar um médico para uma avaliação detalhada.
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O processo para confirmar esse diagnóstico
Tal conclusão se dá por meio de exames de sangue que medem os níveis de açúcar, através da coleta do material e da análise em laboratório. De acordo com as diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, os principais testes utilizados são:
- glicemia em jejum, que mede a disponibilidade glicêmica depois de pelo menos oito horas sem comer. Valores iguais ou superiores a 126 mg/dL sugerem a presença do diabetes;
- teste oral de tolerância à glicose, em que há a ingestão de solução açucarada e, após um intervalo, é feita a medição. Indicadores acima de 200 mg/dL são vistos como suspeitos;
- hemoglobina glicada (HbA1c), que avalia a média dos marcadores de glicose nos últimos três meses. Achados que ultrapassam 6,5% indicam diabetes;
- glicemia ao acaso, que a calcula independentemente da última refeição. Patamares iguais ou ultrapassando 200 mg/dL, associados aos sintomas, indicam um eventual diagnóstico.
Importante: apenas um médico deve interpretar os achados. Ademais, o resultado de um único exame não é suficiente para o diagnóstico.
O esperado é que um conjunto investigativo seja realizado e até mesmo repetido, preferencialmente com a supervisão de um endocrinologista.
Fatores de risco do diabetes (em especial o tipo 2)
É igualmente importante estar atento às características que aumentam as chances de tal desequilíbrio. Entre elas estão:
- histórico familiar, com parentes próximos com diabetes;
- sobrepeso ou obesidade, uma vez que o acúmulo de gordura corporal está diretamente relacionado ao tipo 2;
- sedentarismo, já que a falta de atividade física contribui para o aumento do peso e da resistência insulínica;
- idade, com as probabilidades crescendo significativamente após os 45 anos;
- descontrole da pressão e do colesterol, que por seu caráter crônico prejudicam o funcionamento do organismo;
- diabetes gestacional, tanto em mulheres que tiveram a alteração quanto seus bebês têm maior probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.
A Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda que todos os indivíduos acima de 35 anos façam exames periódicos conforme orientação profissional, inclusive na ausência de qualquer sintoma.
O intervalo entre as avaliações ou o início delas deve ser menor se forem identificados um ou mais componentes de perigo adicional.
As melhores estratégias de prevenção
O diabetes tipo 2, que corresponde a cerca de 90% dos casos de acordo com Ministério da Saúde, é prevenível, em partes, com ajustes no estilo de vida, incluindo recomendações como:
- manutenção de uma alimentação saudável, evitando também alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar e em gordura;
- prática de exercícios, que ajudam a controlar o peso e melhorar o aproveitamento da insulina;
- reversão de estados de sobrepeso e de obesidade;
- acompanhamento profissional regular;
- controle de pressão alta e colesterol, com o uso de medicamentos se identificada tal demanda.
Saber que se está com diabetes é o primeiro passo para garantir uma boa qualidade de vida e evitar contratempos. Por isso, é fundamental ter atenção aos sintomas, conhecer os agentes de risco e procurar um médico quando necessário.
Fontes: