A transformação da glicose em energia é crucial para o bom funcionamento do organismo.
No entanto, alguns distúrbios metabólicos podem prejudicar esse processo, como é o caso da diabetes tipo 2 – um quadro de saúde crônico que prejudica o aproveitamento desse açúcar e pode gerar consequências mais graves para a saúde.
O que é a diabetes tipo 2?
De acordo com o Ministério da Saúde, do total de casos de diabetes mapeados no Brasil, pelo menos 90% deles correspondem ao tipo 2.
Diferente do tipo 1, essa variação ocorre pela produção insuficiente ou uso inadequado de insulina pelo corpo, o que gera a elevação dos níveis de açúcar no sangue (glicemia).
3 atitudes para a prevenção do distúrbio
Embora cause preocupação, é possível impedir ou retardar o aparecimento da diabetes tipo 2 com algumas medidas simples.
1. Conhecer os fatores de risco
Um estudo publicado no periódico Acta Paulista de Enfermagem aponta seis fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento da condição. São eles:
- sobrepeso e obesidade;
- uso de medicamentos para hipertensão;
- idade acima de 45 anos;
- sexo feminino;
- sedentarismo;
- alimentação pobre em frutas e vegetais.
Além desses fatores, um documento produzido em conjunto por entidades de saúde, como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), destaca que pessoas com diabetes gestacional apresentam maior chance de desenvolverem o tipo 2.
2. Manter uma rotina de hábitos saudáveis
As estratégias que ajudam a anular os riscos para desenvolver diabetes tipo 2 incluem praticar atividades físicas regularmente, evitar o consumo excessivo de açúcar, preferir alimentos minimamente processados (integrais, frutas, verduras e legumes), controlar o estresse e não fumar.
Além disso, é importante a realização de exames periódicos para verificar os níveis de glicose no sangue. Os principais testes são:
- glicemia de jejum: mede a quantidade de glicose no sangue depois de ficar pelo menos 8 horas sem comer. É um exame simples e rápido;
- hemoglobina glicada: mede a porcentagem de hemoglobina (uma proteína do sangue) que está ligada à glicose. Ele reflete o controle da glicose nos últimos 2 ou 3 meses, pois a hemoglobina tem uma vida média de 120 dias;
- teste oral de tolerância à glicose (TOTG): mede a quantidade de glicose no sangue antes e depois de tomar uma bebida com 75 g de glicose. É um exame que avalia como o organismo reage à sobrecarga de glicose e se há resistência à insulina.
Com o Cartão dr.consulta, é possível acessar diferentes exames e especialidades médicas para o controle da diabetes por meio do programa Viva Bem.
Essa linha de cuidados oferece suporte ao paciente para o tratamento e prevenção de agravamento do distúrbio metabólico e de outras condições, como hipertensão e colesterol alto (dislipidemia).
3. Identificar sintomas da condição
Entre os principais sinais manifestados pelo corpo em casos de diabetes tipo 2, segundo o Ministério da Saúde, podem ser citados:
- fome frequente;
- sede constante;
- formigamento nos pés e mãos;
- vontade de urinar diversas vezes;
- infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
- feridas que demoram para cicatrizar;
- visão embaçada.
De modo geral, esses sintomas se manifestam de forma gradativa, a ponto de passarem despercebidos durante anos.
Por essa razão, é importante a realização periódica de exames e, caso a pessoa perceba algum dos sinais acima, a orientação é procurar atendimento médico para investigar o caso.
Por que a prevenção é importante?
Se não for tratado adequadamente, o distúrbio pode desencadear outros quadros graves de saúde que impactam a qualidade de vida do paciente. Algumas das complicações elencadas pelo Ministério da Saúde e pela Sociedade Brasileira de Diabetes são:
- doenças cardiovasculares (infarto, aneurisma ou AVC);
- doenças renais (nefropatia diabética ou à insuficiência renal);
- doenças oculares (retinopatia diabética, catarata e glaucoma, resultando em perda parcial ou total da visão);
- doenças do sistema nervoso (alterações na mobilidade e sensibilidade que podem levar ao pé diabético, uma condição que pode causar feridas, infecções ou até amputações);
- disfunções sexuais (secura vaginal, dificuldade de ereção e de ejaculação).
Por isso, seguir os passos mencionados é essencial para manter a glicose sob controle e manter o bom funcionamento do organismo. Fazer consultas regulares com o endocrinologista para o acompanhamento dos sintomas e da própria condição, é algo que não pode ser deixado de lado.
Fontes: