Quais são e por que realizar os exames pré-operatórios

Antes de qualquer cirurgia, existe um momento crucial que pode influenciar diretamente o resultado: o período pré-operatório.
Essa fase envolve uma série de cuidados e avaliações destinadas a garantir a segurança do indivíduo durante e após a intervenção.
Um dos grandes pilares desse processo são os exames clínicos, que devem ser solicitados de forma criteriosa, conforme orientações de especialistas.
Quando os exames pré-operatórios são necessários
A principal finalidade da realização de testes laboratoriais, de imagem ou outros é determinar e otimizar o estado de saúde do paciente, classificando riscos e estabelecendo medidas que reduzam complicações associadas às operações, como explica um artigo publicado na revista Periódicos Brasil. Pesquisa Científica.
Caso alguma anormalidade seja detectada, é preciso fazer adaptações no planejamento anestésico e orientar condutas médicas mais adequadas.
Porém, nem todo mundo precisa passar por uma lista tão extensa. A literatura científica atual destaca a importância de uma análise individualizada, considerando principalmente:
- antecedentes e dados clínicos;
- sintomas apresentados;
- tipo e porte da cirurgia;
- idade e presença de enfermidades crônicas.
Por exemplo, em pessoas jovens e saudáveis que passarão por procedimentos de pequeno porte, os laboratoriais muitas vezes são dispensáveis.
Isso desde que a anamnese (conversa em consultório na qual o médico reúne informações sobre o quadro, histórico familiar, queixas, entre outros tópicos) e o exame físico não indiquem alterações?.
A avaliação detalhada de um cirurgião e demais profissionais da equipe é fundamental para essa decisão. O Cartão dr.consulta permite o acesso a diferentes testes e consultas com especialistas a preços mais vantajosos.

7 exames pré-operatórios comuns
No preparo cirúrgico, os solicitados com mais frequência incluem:
- hemograma completo, que apura a contagem de células sanguíneas e detecta anemia ou infecções;
- eletrocardiograma (ECG), importante para verificar a saúde cardiovascular, especialmente em pacientes com mais de 40 anos ou com histórico de condições cardíacas;
- radiografia de tórax, indicado para pessoas com enfermidades respiratórias ou fumantes crônicos;
- função renal (ureia e creatinina), essencial quando há patologias graves ou uso de medicamentos específicos;
- glicemia, útil para a análise metabólica e do controle do diabetes;
- exame de urina, que pode identificar infecções urinárias que necessitem de tratamento prévio à cirurgia;
- coagulograma (TAP e PTT), normalmente exigido diante de distúrbios de coagulação ou uso de anticoagulantes??.
Vale destacar que mulheres em idade fértil podem precisar de outros complementares, como a dosagem de beta HCG, para descartar a possibilidade de uma gestação em andamento.
Como classificar o risco cirúrgico
O método usado para a classificação é a Escala da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA), de acordo com um artigo sobre cirurgias ginecológicas publicado na Revista Femina, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Ela varia de I (paciente saudável) até VI (pessoa doadora de órgãos em morte encefálica), levando em consideração o estado geral de saúde do indivíduo.
Além disso, as operações são divididas conforme o porte:
- pequena: mais simples e com poucas chances de complicações (uma drenagem de abscesso, por exemplo);
- intermediária: podem envolver técnicas minimamente invasivas e requerer cuidados pós-operatórios (casos de cirurgia ginecológica laparoscópica, entre outras);
- grande: alta complexidade, com possibilidade de internação em UTI e transfusões (como a histerectomia total)?.
A combinação entre o grau de risco da intervenção e o status clínico é o que norteia a decisão da equipe médica responsável sobre quais exames são necessários.
Outras recomendações pré-operatórias importantes
Além dos testes diagnósticos, medidas adicionais devem ser adotadas:
- jejum: geralmente de 8 horas, indicado para cirurgias com anestesia geral, raquidiana e a peridural;
- ajustes na medicação: certos remédios são suspensos dias antes da operação, como anticoagulantes e anti-inflamatórios, e outros (como betabloqueadores e antialérgicos) mantidos até a data, mas sempre diante de orientação profissional (é crucial nunca parar ou iniciar o uso de fármacos por conta própria).
Seguindo todas as recomendações de procedimentos e demais cuidados, é possível aumentar a segurança e a eficiência de qualquer abordagem e dos seus resultados.
Fontes: