7 possíveis causas para a dor atrás dos olhos
A dor atrás dos olhos é um sintoma comum a diferentes condições de saúde, que nem sempre têm como causa qualquer alteração na visão em si.
Em geral, ela se manifesta como um desconforto que vem do interior da cabeça em direção aos olhos. Além disso, o indivíduo com essa queixa pode notar um aumento de pressão na região, além de relatar sintomas que afetam outras partes do corpo.
Em boa parte dos casos, apenas uma avaliação profissional pode confirmar qualquer diagnóstico com base na queixa. Ainda assim, vale conhecer algumas das explicações mais comuns para esse tipo de dor.
1. Dengue (e outras infecções virais)
Se você já recebeu qualquer mensagem de conscientização sobre a dengue, deve estar ciente que a dor atrás dos olhos é um dos sintomas mais comuns da infecção viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Geralmente tal suspeita ganha mais força quando acompanhada de:
- febre alta, quase sempre de início súbito;
- fadiga e indisposição;
- náuseas e vômitos;
- dores pelo corpo, sobretudo nos músculos e nas articulações;
- manchas vermelhas na pele.
O diagnóstico da dengue costuma ser clínico (ou seja, mediante avaliação do médico e, eventualmente, com exames laboratoriais). Não existe tratamento específico e o paciente tende a se recuperar com o tempo, após alguns dias ou semanas. O reforço na hidratação (inclusive em ambiente hospitalar) é a principal medida de suporte.
Casos graves dessa infecção viral (o que antes era chamado de dengue hemorrágica) são potencialmente fatais. O controle da disseminação do mosquito é a principal ação preventiva.
Além dessa condição, outros vírus transmitidos pelo Aedes aegypti podem provocar dor atrás dos olhos, em maior ou menor intensidade. Exemplos disso são a zika e a chikungunya.
2. Quadros de sinusite
A sinusite é resultado da inflamação da mucosa dos seios da face, região que compreende justamente a parte atrás dos olhos, do nariz e da bochecha. Por isso, o incômodo que vem da parte interior da cabeça costuma ser um sintoma característico da condição.
Existem várias causas para a sinusite, mas boa parte dos quadros é resultado de uma infecção viral ou bacteriana. Além da dor, o paciente pode apresentar febre, tosse, perda de olfato e uma sensação de pressão no rosto.
O tratamento básico para essa condição envolve a adoção de alguns cuidados para facilitar a respiração, como inalações de vapor, a aplicação de compressas mornas e o uso de soluções salinas no nariz.
Quando não há melhora ou a dor é muito intensa, a ajuda médica é indispensável, inclusive para a prescrição de medicamentos capazes de controlar a inflamação.
3. Enxaqueca
Diferente de uma dor de cabeça convencional, a enxaqueca é uma condição neurológica relativamente intensa, em que o paciente costuma experimentar desconforto significativo na forma de dores latejantes ou pulsantes em um, ou ambos os lados do crânio.
Em alguns casos, as pontadas podem ser sentidas também atrás dos olhos. Além disso, parte dos pacientes pode notar alterações visuais que antecipam uma crise, bem como náuseas e vômitos.
Enxaquecas tem diversas causas, que precisam ser investigadas caso a caso. A partir disso, quem é afetado por ela pode receber o tratamento apropriado, incluindo as informações necessárias para evitar gatilhos que desencadeiam as crises.
4. Fadiga ocular
Também chamada de “vista cansada” ou ainda de “astenotopia”, a fadiga ocular é um desconforto notado após longos períodos de exposição a alguma atividade que demande foco total (como trabalhar no computador ou ver TV).
Esses longos períodos de concentração não permitem que as estruturas dos olhos descansem. Assim sendo, com o passar do tempo pode ser que os sinais de fadiga apareçam. Junto da dor atrás dos olhos e na cabeça, é possível notar:
- vermelhidão e irritação no globo ocular;
- visão borrada;
- sensação de pálpebras cansadas;
- espasmos musculares próximos aos olhos e às pálpebras.
Descansar e visão é a melhor forma de contornar a fadiga ocular. Por isso, mantenha intervalos na rotina para desviar o foco e olhar em outra direção. Piscar continuamente e evitar que os olhos fiquem ressecados também pode ajudar.
5. Esclerite
A esclerite (não confundir com a conjuntivite, que afeta outra parte do olho) é a inflamação da esclera, nome dado ao branco do olho. A alteração pode atingir tanto a parte de trás quanto a da frente do globo ocular.
Em muitos casos, a inflamação é desencadeada por condições autoimunes, em que as defesas do corpo atacam o próprio organismo. Entre exemplos disso estão o lúpus, a artrite reumatoide e alguns tipos de doença inflamatória intestinal.
Os sintomas da esclerite mais comuns são a dor e o inchaço no globo ocular afetado. Em certas circunstâncias, as dores avançam em direção ao rosto. Além disso, pode surgir vermelhidão, inchaço e dificuldade de movimento no olho, bem como sensibilidade à luz.
Diante da suspeita de esclerite, o médico oftalmologista deve ser procurado o mais rápido possível. O tratamento depende da causa da inflamação e pode exigir o uso de medicamentos orais ou colírios.
6. Glaucoma
O termo glaucoma engloba uma série de alterações na visão causadas pela elevação da pressão dentro do globo ocular. Progressivamente, isso provoca danos ao nervo que passa pelo local, evoluindo até a cegueira (o que é mais frequente em pacientes com diabetes e hipertensão arterial)
Nos estágios iniciais, um indivíduo com quadro de glaucoma não apresenta sintomas. À medida que a condição evolui, é possível que passe a notar perda da visão periférica.
Em geral, a dor atrás e em outras das partes dos olhos tende a ser mais comum nos casos de glaucoma de ângulo fechado, que tende a ser mais raro.
Com o diagnóstico precoce, é possível tratar a condição de forma eficaz e prevenir a perda de visão. Os recursos mais utilizados são colírios, terapias com lasers e cirurgias.
7. Neuralgia occipital
A neuralgia occipital é um tipo de dor de cabeça causada pela inflamação do nervo occipital, estrutura que percorre o pescoço e vai em direção ao topo da cabeça, passando por trás das orelhas.
Dessa forma, a dor costuma aparecer de forma latejante ou em forma de queimação que percorre desde a base da cabeça até o topo dela, geralmente em ambos os lados. Adicionalmente, é possível que os pacientes também se queixam de dor atrás dos olhos. Muitas vezes a intensidade do desconforto é comparada às crises de enxaqueca.
Essa inflamação pode ser resposta a uma infecção e traumas, entre outros gatilhos. O tratamento envolve o controle da dor e da cauda do quadro inflamatório que afeta o nervo occipital. Em casos extremos, isso pode depender de procedimentos cirúrgicos.
Diante disso tudo, como é possível observar, ter com quem contar para buscar cuidados especializados diante de um quadro ainda sem diagnóstico de dor atrás dos olhos é essencial.
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Quando procurar ajuda médica devido à dor atrás dos olhos?
Assim como outros sintomas, a dor que afeta a parte posterior dos olhos pode desaparecer por conta própria, sem que nada precise ser feito. No entanto, o ideal é não contar com isso, ficar sempre atento e procurar ajuda especializada quando:
- a dor não passar;
- prejudicar o dia a dia e a realização de atividades cotidianas;
- parecer piorar com o passar do tempo;
- estiver acompanhada de outros sintomas, sejam quais forem eles.
Em boa parte dos casos, um clínico geral é capaz de fazer uma avaliação inicial e oferecer os primeiros cuidados para lidar com as condições associadas com a dor atrás dos olhos. De todo modo, ele pode indicar a necessidade de passar por um especialista para abordar questões específicas relativas aos sintomas observados.
Fontes
[…] de desconforto nos olhos e nos músculos ao redor, por conta da tensão acumulada à medida que há mais esforço para […]