Como evitar e controlar a hipoglicemia em diabéticos
A glicemia baixa ocorre quando a glicose no sangue se encontra em níveis abaixo do ideal, sendo um quadro comum em pessoas com diabetes (tanto do tipo 1 quanto do tipo 2).
Assim como a hiperglicemia, a hipoglicemia em diabéticos acarreta prejuízos ao funcionamento do corpo. Por isso, é importante entender os sintomas e as causas da diminuição da taxa de açúcar para evitá-la (quando possível).
Sintomas para identificar a hipoglicemia
Normalmente, ela é acompanhada de sinais como:
- tremedeira;
- sudorese;
- calafrios;
- fome;
- náusea;
- sonolência;
- visão embaçada;
- nervosismo e ansiedade;
- irritabilidade e impaciência;
- confusão mental;
- alteração de humor;
- taquicardia;
- formigamento ou dormência nos lábios e na língua;
- dor de cabeça;
- fraqueza e fadiga;
- falta de coordenação motora;
- prejuízos no sono;
- convulsões;
- perda de consciência.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), níveis de glicose no sangue abaixo de 70 mg/dL caracterizam a hipoglicemia, medidos em exames específicos, sendo possível classificá-la em três níveis:
- nível 1: entre 69 e 54 mg/dL;
- nível 2: abaixo de 54 mg/dL;
- nível 3 (severa): não depende dos níveis de glicemia, mas de sintomas manifestados pelo paciente, como o comprometimento cognitivo.
Como evitar a hipoglicemia em diabéticos
Para prevenir a glicose baixa, vale saber o que provoca a sua diminuição. Segundo o Ministério da Saúde e a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM), alguns hábitos contribuem para a ocorrência. Entre eles:
- jejum prolongado;
- dosagem desregulada de insulina ou de outros medicamentos;
- comer menos do que o necessário;
- aumentar a intensidade de exercícios físicos sem orientação profissional e sem ajustar a alimentação/medicação;
- consumir bebidas alcoólicas.
A entidade de saúde portuguesa cita também algumas enfermidades que levam à diminuição da glicemia em pessoas com diabetes. Entre elas:
- insuficiência hepática, renal ou cardíaca;
- infecção generalizada (sepse);
- deficiência de cortisol;
- tumores benignos de células produtoras de insulina.
Por isso, além de evitar situações que desencadeiam a hipoglicemia, é importante consultar um médico, como o endocrinologista. O profissional pode solicitar exames complementares que ajudam a identificar as causas da diminuição da glicose no sangue.
Para ter acesso mais fácil a esse e a outros cuidados, é possível aderir ao Cartão dr.consulta, que oferece vantagens em consultas com especialistas e em exames, e ainda dedica suporte específico a pessoas com condições como a diabetes, hipertensão e colesterol alto (dislipidemia) por meio do programa Viva Bem.
Como reverter a glicemia baixa
O tratamento de uma crise pode ser feito com a ingestão de 15g de algum carboidrato simples sem a adição de fibras, segundo recomendação da SBD.
Essa quantidade equivale a uma colher de sopa de açúcar ou de mel, 150mL de refrigerante ou de suco natural, ou três a quatro balas.
É recomendado esperar 15 minutos para verificar a glicemia em um glicosímetro. Se ela continuar alterada, é preciso repetir o procedimento. Em circunstâncias em que a baixa é provocada por dosagens elevadas de medicamentos ou outra causa externa, é preciso identificá-la para seu devido ajuste e tratamento.
O que comer para controlar a glicose no sangue
Cuidar da alimentação é uma estratégia eficaz para manter a glicemia dentro dos níveis ideais. Por isso, é importante fazer pequenas refeições, como um lanche, antes de dormir (para paciente com hipoglicemia noturna), no pré-treino ou em qualquer momento que favoreça a ocorrência do quadro.
Essa refeição deve conter fibras, proteínas e gorduras. A SBD recomenda alguns itens alimentares:
- produtos integrais;
- leguminosas;
- verduras;
- carnes magras;
- ovos;
- leite, queijo ou iogurte;
- castanhas;
- azeite.
A orientação de um profissional de Nutrição pode ajudar a montar um cardápio completo, que atenda às suas necessidades nutricionais, incluindo dicas sobre o que comer em caso de crises.
Fontes: