Exames para tireoide: saiba quais são e quando fazer
Com formato semelhante ao de uma borboleta e localizada na parte anterior (da frente) do pescoço, a tireoide é uma glândula para a qual existem exames essenciais que identificam alterações em seu funcionamento ou estrutura.
Isso ocorre porque ela atua na regulação do metabolismo, crescimento e funcionamento de diversos órgãos, bem como produz hormônios que influenciam o equilíbrio de todo o organismo.
Quais são os exames para tireoide?
Devido à sua importância para a sobrevivência humana, existem diversos testes que indicam se ela está funcionando corretamente. São esses os principais, conforme explica a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM):
- dosagem do TSH;
- T4 livre;
- T3 livre;
- anticorpos tireoidianos;
- calcitonina e CEA (em casos específicos);
- ultrassom;
- punção aspirativa por agulha fina – PAAF (quando indicado);
- triagem neonatal.

Abaixo segue a função de cada um:
Dosagem do TSH
O hormônio estimulante da tireoide (conhecido como TSH) é, como o próprio nome sugere, o responsável por estimular essa glândula a produzir outros hormônios (a tiroxina (T4) e o triiodotironina (T3)), que têm o papel de regular o metabolismo.
Assim, a dosagem do TSH, que mede a quantidade dele no sangue, é um dos principais exames utilizados para avaliar a função tireoidiana.
T4 livre
O exame, feito por coleta de sangue, mede a quantidade de T4. Sua realização é importante para diagnosticar e monitorar o tratamento do hipotireoidismo e do hipertireoidismo.
T3 livre
Assim como o exame anterior, o T3 livre também é realizado após a coleta de sangue e mede a quantidade desse hormônio presente no corpo. No entanto, esse teste ajuda a diagnosticar ou fazer o acompanhamento especialmente de casos de hipertireoidismo.
Anticorpos antitireoidianos
São divididos em 3 tipos principais:
- anti-TPO (contra a peroxidase, uma enzima envolvida na produção dos hormônios);
- anti-TG (contra uma proteína chamada tireoglobulina);
- TRAb (estimulantes de receptores de TSH).
Com a realização desses exames para tireoide é possível observar a presença ou não de anticorpos que, quando positivo, indica uma condição autoimune, por exemplo, na Tireoidite de Hashimoto ou a doença de Graves.
Calcitonina e CEA
Quando há suspeita ou risco familiar para câncer, os testes de calcitonina e do antígeno carcinoembrionário (CEA) contribuem para a investigação, pois são marcadores para câncer medular.
Ultrassom
Este é um exame de imagem que permite identificar alterações anatômicas, como nódulos, cistos ou outras mudanças na estrutura da glândula, como o aumento dela (bócio).
Punção aspirativa por agulha fina (PAAF)
Quando o ultrassom revela nódulos com características suspeitas, a PAAF, realizada geralmente com orientação ultrassonográfica, coleta células para análise e esclarecimento diagnóstico.
Triagem neonatal
O teste do pezinho, que é obrigatório em recém-nascidos, também faz parte da lista de exames para avaliar a tireoide.
Feito a partir da coleta de pequenas gotas de sangue do calcanhar do bebê, o teste diagnostica diversas condições nos pequenos, incluindo o hipotireoidismo congênito, possibilitando o início do tratamento ainda nessa fase da vida.
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Quando os exames para tireoide devem ser feitos?
Como o órgão tem um papel central no organismo, a solicitação dos testes laboratoriais tem diferentes contextos:
- quando há sinais sugestivos de alterações;
- durante o controle de diagnósticos já estabelecidos;
- como parte de um monitoramento periódico.
Esses três cenários orientam o momento adequado para investigar a função ou a estrutura da glândula, conforme detalhado a seguir.
1. Quando há sinais sugestivos de alterações
Uma vez que a tireoide é responsável por regular as funções de diversos órgãos do corpo, quando ela está com algum distúrbio, a pessoa apresenta sinais variados como:
- aumento de peso;
- dores musculares;
- cansaço frequente;
- intestino preso;
- intolerância ao frio;
- pele ressecada;
- queda de cabelo;
- reflexos lentos;
- depressão;
- agitação incomum;
- aumento de apetite e, apesar disso, emagrecimento;
- suor excessivo;
- diarreia;
- batimentos cardíacos acelerados;
- dificuldade para engolir ou respirar;
- rouquidão.
Como é algo que mexe com o corpo inteiro, é indispensável, ao perceber alguns desses sintomas, procurar um clínico geral que, após avaliação, encaminhará para outra especialidade, se necessário.

2. Durante o controle de diagnósticos já estabelecidos
Existem algumas patologias decorrentes de distúrbios na glândula que devem ser acompanhadas periodicamente por um especialista, como:
Hipotireoidismo
Nesse caso, a tireoide não funciona corretamente, diminuindo a produção de hormônios. Com isso, o metabolismo funciona mais lentamente e impacta diversas funções, incluindo desempenho físico e mental.
O quadro tem como causa diversas condições, como deficiência de iodo e tireoidite de Hashimoto, e deve ser tratada com reposição hormonal, por isso a necessidade da orientação médica.
Hipertireoidismo
Esse é um quadro oposto ao anterior. Ou seja, ela funciona de forma acelerada e produz mais. O resultado são reações excessivas produzidas pelo organismo como agitação e aceleração dos batimentos cardíacos.
Esse quadro também tem diversas causas, como nódulos, ingestão excessiva de hormônios tireoidianos e doença de Graves (o sistema imunológico ataca a tireoide, estimulando-a a produção exagerada).
O tratamento é feito com medicamentos para controle. Em alguns casos, pode ser necessário, ainda, a realização de cirurgias.
Bócio
Esse distúrbio é caracterizado pelo aumento da glândula. Quando isso acontece, ela fica palpável e muitas vezes visível (o que não é possível quando não há nenhum distúrbio).
Além do hipotireoidismo e hipertireoidismo, esse crescimento do órgão também acontece por falta de iodo na dieta ou durante a gravidez.
A intervenção vai depender da causa, mas inclui ajustes na dieta, medicamentos ou procedimentos cirúrgicos.

Câncer da tireoide
Apesar de menos comum, requer acompanhamento e manejo médico que inclui cirurgia para remover o tumor, terapia com iodo radioativo, radioterapia e, em alguns casos, medicamentos. No entanto, tudo vai depender do tipo e estágio do tumor.
É relevante ressaltar que todas essas condições, após diagnosticadas, devem ser acompanhadas pelo especialista que deve indicar a periodicidade das consultas, de acordo com a evolução do seu quadro.
3. Como parte de um monitoramento periódico
A realização de testes de tempos em tempos para avaliar o funcionamento da glândula é importante porque os distúrbios costumam ser silenciosos no começo ou os sintomas são sutis e facilmente atribuídos a outras condições de saúde.
Além disso, a interpretação dos resultados deve ser feita por um médico especializado, como o clínico geral e o endocrinologista, que oferecerá o diagnóstico correto e o tratamento adequado, se necessário.
Por fim, vale relembrar que apesar de não ser tão grande (como outros órgãos do corpo), ela é essencial para a saúde como um todo. Logo, estar em dia com os exames para tireoide contribui para uma vida saudável.
Fontes:
[…] alterações hormonais e metabólicas, inclusive em glândulas como a tireoide; […]
[…] ser recomendados em qualquer idade e incluem hemograma, glicemia, colesterol, hormônio estimulante da tireoide (TSH) e demais marcadores de […]
[…] a adrenalina e noradrenalina, que estão ligadas ao sistema de alerta do organismo; bem como os hormônios da tireoide (TSH, T3, T4), que influenciam o metabolismo e podem gerar sintomas semelhantes ao estresse […]
[…] de base é indispensável para aliviar os sintomas da depressão. Em outras palavras, alguém com comprometimento da tireoide que sente os reflexos no ânimo precisa corrigir esse aspecto para reverter a situação […]
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[…] disso, situações pontuais como febre, distúrbios na tireoide, consumo excessivo de álcool, refeições muito volumosas ou exposição ao frio podem funcionar […]
[…] da tireoide nem sempre podem ser prevenidos, mas medidas simples ajudam a reduzir os riscos, […]
[…] calorias. Para outras pessoas, consequência de disfunções hormonais (como aquelas que atingem a tireoide ou os mecanismos reguladores do cortisol, por […]
[…] profissionais avaliam alterações hormonais, como disfunções da tireoide ou resistência à insulina, uma vez que ambas as condições interferem diretamente no […]
[…] isso, reconhecer os sinais é essencial para buscar avaliação médica, realizar os principais exames da tireoide, e iniciar o tratamento adequado, evitando complicações cardiovasculares, ósseas e […]
[…] Os testes laboratoriais são relevantes para identificar o quadro medindo os níveis de compostos no sangue. […]