Queda de cabelo pode indicar alterações na saúde
Uma condição que desperta atenção de homens e mulheres em diferentes fases da vida é a queda de cabelo.
Afinal, a aparência impacta diretamente na autoestima e, quando os fios caem em excesso, o sinal exige avaliação médica.
Quando a queda de cabelo merece atenção
Conforme explica o Ministério da Saúde, o ciclo passa por três fases: crescimento, repouso e queda. A maior parte permanece em crescimento, enquanto uma pequena porcentagem entra em repouso antes de cair.
Esse processo explica a perda considerada normal. No entanto, quando a quantidade ultrapassa 100 fios por dia, quando há falhas visíveis no couro cabeludo ou rarefação (cabelos ralos), há indícios de condições específicas que precisam de diagnóstico dermatológico. Em resumo:
- queda normal: entre 50 e 100 fios diários, distribuídos de forma uniforme;
- redução acentuada: tufos no travesseiro, escova cheia diariamente, falhas arredondadas ou couro cabeludo visível;
- rarefação progressiva: mechas cada vez mais finas e ralas, principalmente no topo da cabeça ou nas entradas.
Na presença desses sinais, ou de qualquer outro indício de alteração, é fundamental procurar um médico especialista, pois somente ele tem a formação adequada para identificar a causa e indicar o tratamento mais seguro.
Principais causas da queda de cabelo
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), diversos motivos explicam a perda excessiva dos fios. Entre eles estão condições genéticas, hormonais, imunológicas, nutricionais, mas também hábitos de vida.
Alopecia androgenética (calvície hereditária)
É a causa mais comum. Atinge cerca de 80% dos homens acima dos 80 anos, principalmente no topo da cabeça, segundo a SBD.
A condição está relacionada à predisposição genética e à ação dos hormônios andrógenos, como a testosterona.
Também ocorre em mulheres, mas com padrão diferente, pois espalha-se de forma difusa e está mais relacionado às oscilações hormonais ao longo da vida, que intensificam o quadro.
Alopecia areata
Caracteriza-se por falhas arredondadas no couro cabeludo ou em outras áreas, como barba e sobrancelhas. É considerada inflamatória e envolve fatores autoimunes e genéticos.
Embora imprevisível, apresenta a particularidade de não destruir os folículos, o que permite que os cabelos voltem a crescer, mesmo após quedas intensas.
Conforme complementa a SBD, além da perda capilar, ela pode estar associada a vitiligo, condições da tireoide e lúpus. Por isso, o impacto emocional é frequente e pode afetar a qualidade de vida.
Eflúvio telógeno
De acordo com a Ebserh, ocorre quando eventos como pós-parto, infecções (dengue, Covid-19, gripe), dietas restritivas, cirurgias ou estresse intenso provocam queda temporária.
Normalmente surge cerca de três meses após o fator desencadeante. O sintoma mais comum é o aumento repentino da quantidade de cabelos no banho ou na escova.
Aspectos hormonais e metabólicos
Desequilíbrios da tireoide, diabetes, alterações menstruais, resistência à insulina e obesidade, por exemplo, também estão relacionados ao quadro.
Além disso, medicamentos e tratamentos como quimioterapia interferem no ciclo dos fios, causando perda transitória.
Nesse contexto, consultar um médico pode ajudar a identificar a causa através de testes como glicemia e insulina, ou dosagem de hormônios TSH, T3 e T4, por exemplo. Afinal, é necessário tratar a condição de base para controlar a queda de cabelo de forma eficaz.
Deficiências nutricionais
A falta de proteínas, ferro, zinco, vitamina D e vitamina B12 compromete a produção de novos cabelos, segundo a Ebserh.
Portanto, a alimentação equilibrada, rica em carnes magras, ovos, leite, peixes, leguminosas e oleaginosas, é essencial para a saúde capilar.
Um especialista pode montar um plano alimentar que vise suprir as possíveis deficiências, garantindo uma nutrição completa.
Fatores emocionais e psicológicos
O estresse afeta o equilíbrio hormonal e imunológico. Situações como luto, cirurgias ou pressões profissionais podem desencadear crises de eflúvio telógeno e agravar quadros de alopecia areata, por exemplo, como explica a SBD.
Para ter apoio no fortalecimento da saúde mental, é recomendada a orientação com especialista, pois ele auxiliará no controle dos impactos psicológicos ligados à queda de cabelo.
Tratamentos disponíveis
O manejo depende do tipo e da gravidade do quadro. Por isso, o acompanhamento médico é indispensável, já que a automedicação pode trazer riscos sérios à saúde. Entre as opções estão:
- terapias tópicas: minoxidil, corticoides e antralina estimulam o crescimento em áreas específicas;
- medicamentos orais: finasterida, antiandrógenos como ciproterona e espironolactona são indicados em casos de alopecia androgenética;
- bloqueadores hormonais e terapias regenerativas: recomendados por tricologistas em situações selecionadas;
- laser e microagulhamento: usados como estímulo adicional para os folículos;
- transplante capilar: indicado para casos mais avançados, quando há rarefação definitiva.
Nesse contexto, contar com uma assinatura em saúde como o Cartão dr.consulta assegura acesso a consultas com especialistas, exames, bem como acompanhamento contínuo.
Essa estrutura conecta o paciente a uma rede de profissionais comprometidos em oferecer praticidade, segurança e cuidado direcionado em cada etapa do tratamento.

5 recomendações para prevenir a queda de cabelo
Embora algumas causas não sejam evitáveis, práticas de autocuidado ajudam a preservar a saúde dos fios:
- manter uma alimentação rica em proteínas, ferro, zinco e vitaminas do complexo B e D;
- ingerir água diariamente para garantir hidratação adequada;
- reduzir o uso excessivo de fontes de calor, químicas e alisamentos;
- controlar o estresse com atividades físicas e momentos de descanso;
- procurar atendimento dermatológico ao notar mudanças bruscas nos fios.
Cuidar da saúde capilar é também cuidar de si. Afinal, o cabelo reflete saúde, história e identidade. Valorizar esses sinais do corpo é um gesto de autocuidado que fortalece não apenas a aparência, mas também a autoestima.
Fontes:
Estou com uma tremenda queda de cabelos já estou ficando assustada.
Dizem que foi devido a dengue q tive
Isso pode ser verdade?
[…] queda de cabelo; […]