O que explica a TPM? Saiba como aliviar os sintomas

A tensão pré-menstrual (TPM) acomete entre 70% e 90% das mulheres em idade reprodutiva, segundo estudo publicado na revista Pensar a Prática.

Marcada por alterações físicas e emocionais nos dias que antecedem a menstruação, pode interferir na rotina, nos relacionamentos e até mesmo no desempenho escolar e profissional.

Por isso, compreender o que ocorre nesse período é essencial para promover bem-estar e qualidade de vida.

O que é a TPM e principais sinais

O ciclo menstrual é dividido em quatro fases: menstrual, folicular, ovulatória e lútea. Ela se manifesta durante a última, quando os níveis de estrogênio e progesterona passam por oscilações que afetam o sistema nervoso, especialmente neurotransmissores como a serotonina, dopamina e GABA (responsável por regular a ansiedade).

Conforme explica estudo publicado na revista Pensar a Prática, o processo é considerado normal, mas algumas mulheres podem apresentar maior sensibilidade a ele e ter reações que variam em intensidade e frequência. 

São sintomas comuns:

• mudanças de humor e na libido;
• irritabilidade, ansiedade e depressão;
• acne;
• sensação de esgotamento;
• modificações no sono;
• cólicas;
• dores de cabeça;
• desconforto e inchaço nas mamas;
• inchaço abdominal (podendo haver aumento de peso);
• aumento do apetite;
• cansaço e dificuldade de concentração.

Fatores como histórico familiar, estresse, alimentação e estilo de vida também podem influenciar e acentuar os sinais. Situações muito severas exigem acompanhamento médico especializado.

Impactos na qualidade de vida

Para muitas mulheres, a TPM vai além de incômodos pontuais. Em alguns casos, podem ser tão intensos que dificultam atividades simples do dia a dia, afetam a produtividade e levam ao isolamento social. Diante desses quadros, a assistência médica é fundamental para indicar manejos terapêuticos adequados.

O Cartão dr.consulta facilita o acesso a consultas com especialistas, incluindo na área de saúde mental, e exames ginecológicos, com valores mais vantajosos. Pacientes também contam com programas de saúde com suporte multidisciplinar e atendimentos de enfermagem on-line e gratuitos.

Transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM)

Trata-se de uma forma mais grave da condição, acometendo de 3% a 8% das mulheres, conforme aponta estudo da Revista Sustinere, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Caracteriza-se por manifestações incapacitantes, como depressão profunda, raiva intensa e insônia. Pessoas relataram até prejuízos nas relações familiares e profissionais, além de sentimento de culpa após reações exacerbadas. 

O diagnóstico é feito com base em diários dos sintomas e avaliações clínicas e o tratamento pode envolver terapia psicológica, uso de antidepressivos e ajuste hormonal via suplementação.

Formas eficazes de aliviar os sintomas da TPM

Não existe uma única abordagem para amenizá-los, sendo ideal adotar um conjunto de estratégias que incluem:

Adoção de hábitos saudáveis

Uma das maneiras mais simples e eficazes, já que pequenas ações na rotina podem ajudar com os aspectos físicos e emocionais. Entre elas:

• manter alimentação equilibrada, com baixo consumo de sal, cafeína e doces;
• praticar atividade física regular, como caminhadas ou alongamentos;
• dormir bem;
• gerenciar o estresse.

Uso de medicamentos

Para casos moderados a graves, o ginecologista pode indicar:

• anticoncepcionais para estabilizar os níveis hormonais;
• antidepressivos, como os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), que atuam diretamente no humor;
• analgésicos e anti-inflamatórios para alívio das dores.

Suplementação e fitoterapia

Estudos como os revisados na publicação da UFRGS apontam que vitamina B6, vitamina D, cálcio e ômega 3 podem contribuir significativamente para a regulação do humor, redução da inflamação e controle dos desconfortos associados ao ciclo menstrual.

A fitoterapia com chás de camomila, maracujá e maçã também demonstrou bons resultados na melhora dos sintomas da TPM, de acordo com estudo publicado na revista Research, Society and Development.

Por todos esses motivos, buscar apoio médico especializado com ginecologistas e, se necessário, com profissionais da saúde mental, é fundamental para o diagnóstico preciso e a escolha do melhor tratamento, garantindo qualidade de vida para a mulher.

Fontes:

• Pensar a Prática;
• Research, Society and Development;
• Revista Sustinere;
• Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).