Como reduzir o efeito da menopausa no dia a dia
Esse fenômeno é marcado pela interrupção definitiva da menstruação por 12 meses consecutivos e ocorre entre os 46 e 52 anos, segundo metanálise publicada na revista Menopause pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Embora seja uma etapa normal da vida da mulher, gera mudanças significativas no organismo devido à queda na produção de estrogênio e progesterona — hormônios essenciais para o equilíbrio reprodutivo, ósseo, cardiovascular e emocional.
Por isso, adotar medidas no curto e no longo prazo pode ajudar a reduzir o efeito da menopausa e preservar o bem-estar.
Reações comuns provocadas pela chegada da menopausa
A transição pode desencadear ondas de calor (fogachos), alterações de sono, variações de humor, secura vaginal, ganho de peso e maior predisposição a osteoporose e condições cardiovasculares, segundo a Diretriz Brasileira de Saúde Cardiovascular na Menopausa.
Os impactos também se estendem à saúde mental, como mostra estudo publicado na Revista Espaço para a Saúde. Pessoas na pós-menopausa podem apresentar insatisfação com a autoestima e autoimagem, além de sintomas de depressão, ansiedade e queda da qualidade de vida emocional. Existe ainda uma probabilidade maior de insônia e estresse crônico.

Cuidados para reduzir os efeitos da menopausa
Algumas ações simples podem amenizar os desconfortos associados ao fim da fertilidade feminina. Entre elas:
Manter a alimentação equilibrada
Incluir alimentos ricos em cálcio, vitamina D, proteínas magras e fibras auxilia na manutenção da saúde óssea e no controle do peso. Segundo a RASBRAN, dietas pobres em nutrientes e ricas em gordura intensificam a fadiga e a indisposição.
Realizar acompanhamento com nutricionista pode contribuir para o processo já que o profissional saberá como montar um plano alimentar que contemple as necessidades e preferências individuais.
O Cartão dr.consulta facilita o acesso a especialistas e exames com valores vantajosos. Além disso, oferece programas de saúde com suporte multidisciplinar e consultas de enfermagem (on-line e gratuitas) para questões nutricionais e do bem-estar da mulher.

Hidratar-se constantemente
Procurar ingerir a quantidade adequada de água ao longo do dia ajuda a regular a temperatura corporal, prevenir a desidratação e minimizar a secura da pele e das mucosas, efeitos comuns relatados durante a menopausa de acordo com a Diretriz Brasileira de Saúde Cardiovascular na Menopausa.
Praticar atividades físicas regularmente
Exercícios como caminhada, natação, pilates ou musculação reduzem as ondas de calor, melhoram a qualidade do sono e preservam a massa muscular. O ideal é combinar os aeróbicos com os voltados ao fortalecimento.
Controlar o estresse
Técnicas como meditação, respiração profunda e alongamentos são eficazes para o equilíbrio emocional, diminuindo a irritabilidade e a ansiedade.
Moderar o peso dentro do limite saudável
Após a interrupção dos ciclos menstruais, há uma queda da taxa metabólica que favorece o acúmulo de gordura abdominal. Segundo a Diretriz Brasileira de Saúde Cardiovascular na Menopausa, esse fator aumenta o risco de hipertensão e diabetes. Assim, ajustar a alimentação e manter a rotina de atividades físicas se torna ainda mais crucial.
Prevenir a osteoporose
A redução do estrogênio acelera a perda de massa óssea, processo que eleva a fragilidade e facilita a ocorrência de fraturas, conforme apontam estudos publicados na revista Menopause e na Diretriz Brasileira de Saúde Cardiovascular na Menopausa.
Alimentos ricos em cálcio (leite, iogurte, queijos magros, vegetais verdes) e exposição moderada ao sol para síntese de vitamina D são aliados no fortalecimento dos ossos.
O suporte periódico com especialistas, como ginecologistas, ortopedistas e reumatologistas, é recomendado para avaliar a necessidade de suplementação ou outros tratamentos, conforme orientação das entidades médicas.

Acompanhar a saúde cardiovascular
Monitorar a pressão arterial, os níveis de colesterol e a glicemia é fundamental após a menopausa, pois a queda hormonal impacta diretamente as taxas.
Dessa forma, crescem as chances de desenvolvimento de condições cardiovasculares, destaca a Diretriz Brasileira de Saúde Cardiovascular na Menopausa. Check-ups regulares permitem identificar alterações precocemente.
Cuidar da saúde mental
Como apontado pelo estudo da Revista Espaço para a Saúde, a autoestima e a qualidade de vida emocional podem diminuir nesse período. Por isso, contar com a ajuda de psicólogos e grupos de apoio é um recurso importante.
Abordagens clínicas para aliviar os sintomas
A terapia de reposição hormonal (TRH) pode ser indicada para mulheres com manifestações moderadas ou intensas e sem contraindicações.
Ela é mais eficaz quando iniciada até dez anos após a última menstruação ou antes que a pessoa complete 60 anos, explica a Diretriz Brasileira de Saúde Cardiovascular na Menopausa.
Existem ainda opções não hormonais, como fitoterápicos, suplementos alimentares e, em casos específicos, antidepressivos.
Todas as escolhas devem ser discutidas com um especialista, considerando histórico de saúde e riscos individuais.
Vale reforçar que o diagnóstico é clínico (confirmado pela ausência de menstruação por um ano), mas exames como dosagem de FSH, estradiol e TSH ajudam a descartar a possibilidade de outras patologias. Consultas periódicas permitem ajustar condutas e prevenir complicações.
Com cuidado contínuo, hábitos saudáveis e acompanhamento profissional, é possível reduzir o efeito da menopausa e garantir mais disposição e bem-estar.
Fontes: