As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil e no mundo, segundo o Ministério da Saúde, sendo o alto nível de colesterol ruim (LDL) um dos principais fatores para isso.
Porém, mesmo nessas circunstâncias, você sabia que também existe um colesterol bom (HDL)? Estamos falando do HDL, uma molécula importante para várias funções no organismo e que precisa ser mantida em altas quantidades.
Continue lendo e saiba mais sobre essas partículas de gordura que estão presentes na nossa corrente sanguínea e que podem ser boas e ruins de acordo com seus níveis.
Qual é o papel do colesterol no organismo?
O colesterol é uma molécula gordurosa que está presente no sangue e em alguns tecidos do corpo. Parte é produzida pelo fígado, mas o restante tem origem nos alimentos que comemos.
Essa substância é responsável por algumas funções fundamentais, como compor as membranas das células, auxiliar na produção de hormônios (testosterona e estradiol), ajudar na formulação da vitamina D e contribuir com uma boa digestão através dos ácidos biliares.
Então, não faz sentido eliminá-lo completamente do organismo, mas sim ter quantidades maiores de HDL do que LDL – considerado como o “ruim” devido ao seu meio de transporte (a “lipoproteína”), que pode ser de alta ou baixa densidade.
Nesse sentido, quanto mais baixa for a densidade, mais existe a possibilidade de aumentar os riscos de doenças cardiovasculares.
Qual é o colesterol bom?
“HDL”, o colesterol bom, significa high density lipoprotein, pois a molécula é carregada no corpo por uma lipoproteína de alta densidade.
Além de cumprir com as funções que citamos anteriormente, ele também retira o tipo ruim que está em nos vasos sanguíneos, que pode formar placas de gordura e gerar prejuízos ao sistema cardiovascular.
Mas qual a taxa do HDL é preciso manter? O indicado, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), é 40 mg/dL.
No entanto, como tudo em excesso também não é adequado, os médicos ficam atentos quando percebem níveis de HDL acima de 80 mg/dL, uma vez que pode existir alguma alteração metabólica no organismo.
E o ruim?
O LDL, low density lipoproteins, significa que as moléculas de colesterol são transportadas por lipoproteínas de baixa densidade. Isso faz com que elas se acumulem nas paredes das veias e artérias, favorecendo a formação de placas de gordura.
Dessa forma, o sangue não circula bem – e isso gera sequelas graves, como:
- a angina, a dor gerada pelo baixo fluxo sanguíneo que chega ao coração;
- o infarto, quando há uma interrupção da chegada do sangue ao músculo cardíaco;
- e o acidente vascular cerebral (AVC), quando o mesmo ocorre, mas no cérebro.
Por todos esses perigos, o ideal é que a taxa de LDL fique abaixo de 130 mg/dL, mas esse número pode variar dependendo das condições de saúde de cada paciente.
Quem já possui risco de desenvolver algum problema cardíaco, por exemplo, recebe a orientação de manter os níveis bem mais baixos do que a recomendação geral.
No geral, para ficar de olho nos índices dessas moléculas, basta um exame de sangue que pode ser solicitado pelo médico clínico geral ou cardiologista.
No dr. consulta, você pode ser atendido por esses especialistas e fazer exames com condições especiais, por meio do Cartão dr.consulta. Os cuidados também são destinados a outros quatro dependentes, sem restrição de idade ou vínculo de parentesco.
O que significa colesterol alto?
Quando os médicos falam que o exame indicou colesterol alto, significa que os níveis do LDL, a versão ruim, estão elevados – é uma condição também chamada de “dislipidemia”.
Alguns fatores que causam esse quadro são:
- histórico familiar: caso os seus pais tenham taxas elevadas, redobre a atenção, pois existem aspectos genéticos relacionados às altas taxas de LDL;
- sedentarismo: por não praticar exercícios físicos, a gordura corporal não é eliminada e ela se acumula no organismo;
- decorrente de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT): enfermidades como hipertensão, diabetes e obesidade, por exemplo, estão associadas ao LDL;
- tabagismo: o vício no cigarro também é considerado uma doença crônica e as toxinas inaladas fazem com que o corpo absorva mais moléculas de colesterol, além de promover danos às paredes dos vasos sanguíneos, permitindo o acúmulo de gordura.
Você se identifica com algum desses grupos que listamos? Se sim, procure o médico para conversar sobre sua saúde e manter o acompanhamento periódico com o especialista. Assim, é possível prevenir sequelas graves ou tratar qualquer intercorrência rapidamente.
E o que mantém o HDL acima do normal?
O que podemos fazer para ter níveis adequados do colesterol bom no organismo?
A resposta está em começar a praticar exercícios físicos. Também procure consumir alimentos que aumentam o HDL (colesterol bom), com foco nos seguintes nutrientes:
- fibras: contribuem com a absorção das moléculas de gordura no organismo, evitando que elas formem as placas nos vasos sanguíneos. Você pode encontrá-las nas frutas, verduras e cereais, como a aveia;
- gorduras saudáveis: são fontes de colesterol bom e estão presentes nas nozes, azeitonas, abacate, amendoim e castanhas;
- ômega 3: um tipo de ácido graxo que reduz o LDL (colesterol ruim), encontrado nos peixes de água fria, como salmão, atum e sardinha, além de linhaça, chia e algas marinhas. Outra opção é tomar cápsulas que já possuem esse nutriente;
- proteínas vegetais: responsáveis por diminuir o LDL e aumentar o HDL. Elas estão no feijão, soja, ervilha, lentilha e grão-de-bico, entre outros alimentos.
Outra dica é ter atenção à sua gordura corporal, pois ela pode refletir os seus níveis de colesterol bom e ruim. Os profissionais de Nutrição são capazes de avaliar esse aspecto e mostrar como montar uma rotina alimentar mais saudável.
Além do acompanhamento nutricional, não se esqueça das demais orientações de manter em dia os exames e as consultas com o cardiologista. Afinal, quando os níveis de LDL estão altos, nem sempre existem sintomas para nos alertar.
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Fontes:
- Colesterol: o que isso quer dizer? | Ministério da Saúde (MS);
- 08/08 – Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol | Ministério da Saúde (MS);
- “Colesterol ruim” elevado está relacionado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares | Ministério da Saúde (MS);
- Low Cholesterol Diet | National Library of Medicine;
- Confira dez alimentos que ajudam a reduzir o colesterol | Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).