Como aproveitar os hormônios da felicidade no dia a dia
As substâncias químicas chamadas de hormônios da felicidade são aquelas que geram sensações de bem-estar, euforia e alegria, impactando positivamente na qualidade de vida.
Esses poderosos aliados também desempenham outras funções essenciais, contribuindo com a saúde do corpo.
Quais são os hormônios da felicidade
De forma geral, hormônios são elementos produzidos por diferentes glândulas do corpo e responsáveis por enviar mensagens pela corrente sanguínea para tecidos e órgãos, controlando grande parte dos processos internos.
Os componentes que ganharam esse nome popular e característico têm papel direto na regulação do humor e das emoções. Por isso, acabam interferindo em como as pessoas agem e sentem. São eles:
- dopamina;
- serotonina;
- endorfina;
- oxitocina.
No entanto, além do caráter hormonal, eles também atuam como neurotransmissores quando são liberados por células do sistema nervoso, permitindo que elas se comuniquem. Em todos os casos, seus níveis e suas ações são avaliados pelo endocrinologista.
Características de cada hormônio da felicidade
Embora todos estejam associados aos sentimentos de alguma forma, cada um têm suas particularidades.
Dopamina
É frequentemente mencionada pelo envolvimento nos mecanismos de recompensa ativados por atividades prazerosas, reforçando ao organismo quais comportamentos e momentos precisam ser repetidos ou buscados constantemente.
Também pode atuar positivamente na aprendizagem, no humor, no sono, nos movimentos corporais, na saúde cardiovascular e até mesmo no sistema imune.
Não há exame específico para monitorá-la no organismo. Todavia, as catecolaminas (termo que engloba a dopamina, a adrenalina e a norepinefrina) podem ser medidas na investigação de algumas condições, como tumores.
A suplementação direta da substância também não é viável, ainda que existam alimentos que ajudam a elevar seus níveis, por exemplo, os ricos em cafeína e em tirosina (aminoácido utilizado em sua produção).
Alterações em sua neurotransmissão são um dos fatores que podem estar ligados a distúrbios de saúde mental, como depressão e transtorno bipolar, destaca artigo de revisão publicado no Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences.
Além disso, a doença de Parkinson tem como base o comprometimento da área do cérebro responsável pela sua liberação, como aponta o Ministério da Saúde.
Nesse cenário, a falta do neurotransmissor faz com que as correntes elétricas necessárias para orientar a movimentação apresentem falhas, provocando os sintomas (tremores, por exemplo) característicos. A patologia deve ser diagnosticada pelo neurologista.
Serotonina
Dos quatro itens da lista, esse é o que praticamente virou sinônimo de bem-estar e felicidade, garantindo o bom humor e a disposição no dia a dia.
Mas a serotonina vai além e sua lista de funções é bem grande, incluindo:
- regulação do sono;
- ajuste da fome e da saciedade;
- reforço do desejo sexual;
- controle dos movimentos do intestino;
- equilíbrio da temperatura corporal;
- mecanismos envolvidos com a sensação de náusea;
- processos para a coagulação adequada do sangue.
Apesar de ter sido associada por muitos anos ao desenvolvimento da depressão, uma revisão realizada por pesquisadores da University College London e publicada no periódico Molecular Psychiatry mostrou que não há evidências suficientes para sustentar que sua queda no organismo seja a causa.
Em contrapartida, pesquisa da Universidade de Cambridge aponta que ela pode afetar áreas cerebrais que controlam a raiva, indicando que a regulação emocional e alguns comportamentos são influenciados por ela.
Outros estudos sugerem que suas taxas podem impactar no aparecimento de transtornos de ansiedade e do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), quadros que precisam de suporte de psicólogos.
A substância pode ser medida por meio de exame específico, mas o recurso é mais utilizado para o acompanhamento de um tipo de câncer. Embora não se possa suplementá-la, alimentos com triptofano (como a banana e derivados do leite) são fundamentais para a sua produção.
Endorfina
Além da sensação de euforia e bem-estar, sua presença no organismo funciona como um analgésico natural potente. Isso se comprova pela percepção agradável durante e depois de uma sessão de qualquer exercício mais intenso.
Por isso, a prática regular de atividades físicas é a melhor estratégia para quem quer estimular a endorfina.
Baixos níveis do elemento estão ligados a flutuações no humor, dores crônicas e até mesmo maior suscetibilidade à dependências químicas. Porém, não há um teste voltado a aferir sua disponibilidade no corpo.
Oxitocina
O último da lista é conhecido como o “hormônio do amor”, pelo entendimento de que ele é importante para que os seres humanos consolidem laços sociais em diferentes circunstâncias, conforme ressalta publicação no periódico Comprehensive Psychoneuroendocrinology. Seu estímulo vem das interações sociais satisfatórias, do contato físico e de atividades prazerosas.
Porém, o principal exemplo do trabalho da oxitocina é no parto e nos primeiros dias do bebê. Ela é responsável pelas contrações que facilitam o nascimento e auxilia na formação do leite materno e na consolidação do vínculo entre mãe e filho. Assim, versões sintéticas são frequentemente utilizadas no contexto obstétrico e sua concentração pode ser calculada por exame.
Existe ainda a hipótese de que a suplementação pode ajudar a reverter sintomas de transtornos depressivos e da ansiedade, mas as evidências são inconclusivas, como aponta artigo sobre o tema publicado na revista Clinical Psychopharmacology and Neuroscience.
Para cuidados contínuos com a saúde, o Cartão dr.consulta é um ótimo aliado, oferecendo consultas com diversos especialistas e procedimentos com valores vantajosos, além de programas de saúde com atendimentos de enfermagem on-line e gratuitos.

Como estimular a produção dos hormônios
Vale sempre lembrar que fatores externos como traços de personalidade, cultura, economia e experiências prévias de vida impactam diretamente nas emoções.
Contudo, existem maneiras de estimular a liberação dos hormônios da felicidade para contribuir com as sensações positivas:
- praticar exercícios físicos regularmente, tentando somar pelo menos 150 minutos semanais, conforme orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS);
- manter uma alimentação saudável, capaz de fornecer a energia e os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo. Na dúvida, um nutricionista pode ajudar;
- ter contato diário com a luz solar, por pelo menos 15 minutos (preferencialmente nas horas menos quentes do dia);
- praticar técnicas de meditação e relaxamento, que têm capacidade de ampliar o bem-estar e a tranquilidade;
- cultivar conexões sociais e afetivas, assim como estabelecer gestos de generosidade;
- rir frequentemente, seja com quem for;
- dedicar tempo a atividades estimulantes, que vão de ouvir música e dançar até aprender coisas novas;
- dormir bem, pois uma boa rotina de sono é essencial e influencia diretamente o humor e a disposição;
- estabelecer contato com a natureza e com áreas ao ar livre.
Pequenas atitudes e o acompanhamento adequado com profissionais capacitados ajudam na manutenção de uma vida plena e na saúde mental.
Fontes:
- Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences;
- Clinical Psychopharmacology and Neuroscience;
- Comprehensive Psychoneuroendocrinology;
- Conselho Federal de Química;
- European Neuropsychopharmacology;
- Harvard Medical School;
- Ministério da Saúde;
- Molecular Psychiatry;
- National Library of Medicine;
- National Library of Medicine;
- National Library of Medicine;
- Pain Medicine;
- Pharmacological Reviews;
- Universidade de Cambridge.
[…] principalmente pela associação com a diabetes, esse hormônio desempenha um papel essencial na forma como o organismo regula a concentração de açúcar […]
[…] Ainda que outras substâncias também tenham influência em tudo isso, é provável que a serotonina ocupe o topo da lista quando se pensa em componente associado a uma vida mais feliz. […]
[…] da vagina não são lubrificados o suficiente. Normalmente, esta lubrificação é mantida por hormônios que promovem a saúde dos tecidos e a produção de […]
[…] https://drconsulta.com/conteudo/como-estimular-os-hormonios-da-felicidade/ […]
[…] resumo, ela está diretamente ligada à liberação de hormônios como a adrenalina e o cortisol, que preparam o organismo para reagir a perigos. Tal mecanismo é […]
[…] sobrecarga emocional afeta a produção de hormônios, como o cortisol, o que altera a fase de crescimento capilar. Ele também influencia o sistema […]
[…] e a dopamina. Todos têm relação direta com o humor, apetite, sono, concentração e sensação de prazer, entre outros aspectos […]
[…] laboratoriais: analisam níveis de hormônios, eletrólitos, bem como possíveis causas […]
https://www.sk-iitw.com/ sk2