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Como identificar o diabetes em crianças e adolescentes

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Geralmente associado a adultos e idosos, o diabetes é uma condição que pode ser observada em crianças e adolescentes e que tem gerado preocupação na comunidade científica, especialmente pelo aumento do número de casos de diabetes tipo 2 em jovens. Embora cause preocupação, esse tipo pode ser prevenido, como mostra o conteúdo a seguir.

Identificando o diabetes em crianças e adolescentes

Diabetes tipo 1

É o de maior prevalência em jovens e pode se manifestar em qualquer idade. Dados divulgados pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), em 2021, apontam maior prevalência nas faixas etárias de 0 a 14 anos (651 mil pessoas) e de 0 a 19 anos (mais de 1,2 milhão de casos). 

O distúrbio é de ordem autoimune. Isso significa que é o próprio sistema imunológico do paciente que passa a atacar e destruir as células produtoras de insulina, localizadas em ilhotas dentro do pâncreas.

Este quadro provoca sinais e sintomas como:

Conforme explica a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), os sintomas surgem de repente e ocorrem quando 80% das células produtoras de insulina estão destruídas.

Diabetes tipo 2

O crescimento do distúrbio em crianças e adolescentes no mundo todo, de acordo com o IDF, pode estar relacionado a fatores como sobrepeso e obesidade.

Ocorre quando o corpo deixa de produzir totalmente a insulina – ou em quantidade suficiente. O que leva a essa falha na produção da substância ainda não está completamente esclarecido pela ciência. 

Sabe-se, porém, que fatores como histórico familiar desse tipo de diabetes, obesidade, sedentarismo, hipertensão, tabagismo e excesso de bebidas alcoólicas contribuem para o surgimento da condição.

Segundo estudo publicado no periódico Jornal de Pediatria, crianças com diabetes tipo 2 são assintomáticas e, quando apresentam algum tipo de sintoma, são poucos (aumento da glicemia, produção excessiva de urina, aumento da sede, perda discreta de peso e infecções vaginais).

A SPSP informa que nem sempre a análise clínica é o suficiente para identificar qual tipo de diabetes o paciente tem. Isso porque pode haver uma sobreposição dos sintomas do tipo 1 e tipo 2.

Outro ponto de atenção é que muitos desses sintomas podem ser confundidos com comportamentos típicos da fase infantil, como sentir mais fome e urinar na cama.

Imagem ilustrativa (GettyImages)

Como medir o açúcar no sangue da criança

A mediação da glicemia não difere da realizada em adultos, podendo ser feita por meio de exames de glicemia em jejum, pós-prandial (após realizar refeição) e hemoglobina glicada. A SPSP indica os seguintes valores de referência:

A entidade também reforça a necessidade de que, em caso de alteração no exame, um novo teste seja realizado para confirmar o quadro.

Com o Cartão dr.consulta, é possível ter acesso a diferentes especialidades médicas e a exames, como os usados para o diagnóstico de diabetes, além de nossa linha de orientações de cuidados, prevenção e bem-estar por meio do programa Viva Bem.

Cuidados com o diabetes na escola

Os responsáveis por crianças e adolescentes com diabetes devem atentar-se a algumas medidas para que a saúde e qualidade de vida desses pacientes no ambiente escolar. Algumas práticas importantes, segundo a SPSP, são:

É importante também, segundo documento da Santa Casa de Belo Horizonte, que o aluno com diabetes tenha acesso fácil ao seu “kit diabetes” – conjunto de alimentos e itens, como caneta de insulina e medidor de glicose, que ajudam a monitorar e equilibrar os níveis de açúcar no sangue em casos de hipoglicemia ou hiperglicemia.

Prevenção só é possível para o tipo 2 

Atualmente, a prevenção do diabetes só é possível em casos do tipo 2, uma vez que o tipo 1 diz respeito a uma condição do próprio organismo do paciente, indica a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Com essa informação em mente, é fundamental a educação e adoção de hábitos saudáveis por crianças e adolescentes. Isso significa o estímulo à prática de atividades físicas e à alimentação rica em frutas, legumes, vegetais e carnes magras, evitando ao máximo produtos ultraprocessados – dieta que pode ser recomendada por um profissional de Nutrição.

O acompanhamento do pediatra também é essencial para o monitoramento de sintomas de um possível diabetes em crianças. Caso haja a suspeita da condição, vale também recorrer ao endocrinologista.

Esses profissionais saberão quais exames devem ser realizados, além de interpretar os sintomas e resultados dos testes para concluir se o caso se trata de diabetes.

Fontes

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