O que é queimação no estômago? Saiba mais sobre o sintoma
Desconfortos gástricos costumam ser encarados como algo passageiro. Porém, a queimação no estômago pode ir além de um incômodo pontual.
Embora possa ocorrer isoladamente, em alguns casos é sinal de alerta do organismo para alterações no sistema digestivo, especialmente quando se torna recorrente.
Por esse motivo, entender as possíveis causas, reconhecer os sinais associados e buscar orientação adequada são atitudes fundamentais para preservar a saúde gastrointestinal e evitar complicações.
Por que a queimação no estômago acontece?
Também conhecida como azia, essa manifestação é provocada, na maioria das vezes, pelo refluxo ácido — condição em que o conteúdo gástrico retorna para o esôfago, provocando irritação, segundo o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS).
Esse processo se intensifica após as refeições, ao se deitar ou se curvar, causando, além da sensação de ardência no peito, sintomas como:
- gosto amargo na boca;
- tosse ou soluço persistente;
- rouquidão;
- mau hálito;
- náusea.
A alimentação, o estilo de vida e outros fatores podem piorar tais sinais. Caso os episódios continuem a acontecer, recomenda-se buscar ajuda de um gastroenterologista para avaliação.
Causas mais comuns da azia
Diversos elementos podem favorecer sua ocorrência, mesmo na ausência de alterações estruturais no sistema digestivo.
Em grande parte dos casos, alimentos e bebidas específicos, como café, chocolate, álcool, comidas gordurosas ou picantes, além de líquidos ácidos são grandes gatilhos para o surgimento ou agravamento do incômodo, de acordo com o NHS.
Além disso, também estão entre os possíveis fatores desencadeantes:
- excesso de peso;
- tabagismo;
- gestação (devido a mudanças hormonais);
- estresse e ansiedade;
- uso de medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroidais.
No mais, quando a queimação no estômago se torna persistente e vem acompanhada de regurgitação, pode indicar que o quadro evoluiu para a chamada doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).
Ela afeta até 20% da população brasileira e ocorre quando os episódios de retorno do conteúdo do estômago para o esôfago são anormais e constantes, aponta a Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia (SBMDN). Isso pode resultar em danos e complicações na região, comprometendo a qualidade de vida.
O diagnóstico costuma começar por uma avaliação clínica detalhada, seguida de procedimentos como a endoscopia digestiva alta, essencial para verificar se há lesões nos órgãos.
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Outras condições relacionadas
Para além do DRGE, a azia também faz parte das manifestações de outras patologias, como:
- hérnia de hiato, em que parte do estômago se projeta para o tórax;
- gastrite;
- úlceras gástricas;
- infecções bacterianas, como a causada pela bactéria Helicobacter pylori.
Vale destacar que, devido à proximidade entre o esôfago e o coração, a azia pode ser confundida com um ataque cardíaco, pois dores torácicas semelhantes podem ser sinal de infarto.
A American Heart Association alerta que, na dúvida, o ideal é sempre procurar suporte médico para descartar riscos maiores e identificar a origem certa.
Hábitos que ajudam a prevenir a queimação no estômago
Mudanças no estilo de vida são essenciais para impedir que o quadro se repita ou se agrave. Entre as orientações das entidades oficiais já citadas estão:
- ajustar a alimentação, priorizando refeições menores e mais frequentes, sem exageros. Também é importante reduzir o consumo de alimentos gordurosos, bebidas alcoólicas, refrigerantes e itens cítricos ou muito condimentados;
- manter um peso saudável, já que ajuda a diminuir a pressão sobre o sistema digestivo;
- praticar exercícios físicos e atividades de relaxamento, que contribuem com o controle do estresse e da ansiedade, bem como com a saúde geral;
- evitar se deitar logo após comer e, para quem dorme de barriga para cima, elevar um pouco mais a cabeça para minimizar episódios de refluxo durante o sono;
- não utilizar roupas muito apertadas na região abdominal;
- abandonar o tabagismo;
- evitar o uso de antiácidos e de outros medicamentos sem prescrição médica. A automedicação pode intensificar ou mascarar condições e ainda gerar complicações.
Buscar assistência especializada ao perceber a queimação no estômago e realizar acompanhamento periódico com o gastroenterologista também são medidas fundamentais para garantir mais qualidade de vida.
Fontes:
[…] isso, quem tem gastrite frequentemente se queixa da desagradável sensação de queimação no estômago. Isso pode vir acompanhado de uma digestão mais lenta e do cheiro […]
[…] Outra recomendação dada pelos nutricionistas é comer porções menores. Ao comer grandes quantidades, de uma única vez, o estômago fica mais sobrecarregado – o que pode levar a má digestão e a sensação ruim de queimação. […]
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