Vitaminas para idosos e a sua importância para a saúde

Garantir a ingestão adequada dessas substâncias contribui significativamente para a manutenção da saúde, prevenindo enfermidades e promovendo um envelhecimento ativo e equilibrado.
Entretanto, com o passar dos anos, as necessidades nutricionais do corpo se modificam, tornando essencial a adaptação da alimentação e, em alguns casos, a suplementação.
Como as vitaminas contribuem para a saúde do idoso
Parte dos chamados micronutrientes, assim como os minerais, as vitaminas são fundamentais para manter o bom desempenho do organismo.
Elas estimulam o sistema imunológico, fortalecem os ossos e contribuem com as funções celulares. As principais que cumprem esse papel são as:
- vitamina A;
- vitaminas do complexo B;
- vitamina C;
- vitamina D;
- vitamina E;
- vitamina K.
Todas devem ser consumidas adequadamente ao longo da vida por pessoas de qualquer idade. O que pode variar são as quantidades necessárias conforme o estado de saúde.
Adiante, é possível entender melhor como cada uma atua no organismo e suas principais fontes, segundo o Ministério da Saúde.
1. Vitamina A
Responsável por fortalecer a saúde dos olhos, da pele e dos órgãos reprodutores, além do sistema imunológico e as mucosas. É encontrada em alimentos como gema de ovo, cenoura, leite integral e derivados, manga e mamão.
2. Vitaminas do complexo B
Existem pelo menos nove substâncias que compõem esse grupo, com funções e fontes nutricionais distintas. São elas:
- B1: importante para os músculos e o cérebro. Presente em aves, peixes, leite e derivados, cereais e verduras;
- B2: contribui para a cicatrização da pele e a preservação das mucosas e da visão. Carnes, leite e derivados, cereais e fígado de boi são opções ricas para consumo;
- B3: essencial para a obtenção de energia a partir dos carboidratos e proteínas, como carnes, peixe, amendoim, grãos, ovos, leite e derivados, lentilha e feijão;
- B5: atua na produção de energia, na melhoria da função cerebral, do sono e da irritabilidade. Está em praticamente todos os alimentos, como carnes, legumes, leite e derivados;
- B6: necessária para a produção de células vermelhas do sangue. Carnes, ovos, fígado bovino, leite e derivados carregam a vitamina
- B7: a falta dessa vitamina provoca fraqueza nas unhas e cabelos, queda de cabelo (alopecia), pele seca e vermelhidão ao redor do nariz e da boca;
- B8: auxilia na digestão de gorduras, fortalece unhas, combate a queda de cabelo, renova a pele e reduz o colesterol. É encontrada em carnes, leite, cereais, ovos, nozes, castanhas, espinafre, cogumelos, leite e derivados;
- B9: popularmente conhecida como ácido fólico, que pode ser achado em frutas cítricas (como a laranja), feijões, vegetais verde escuros, ovos, fígado, carnes (fígado, por exemplo), frutos do mar, entre outros. É fundamental no processo de divisão celular, especialmente das células do sangue, além de atuar na manutenção do DNA;
- B12: ajuda a formar as hemácias e as moléculas do código genético. Fígado, salmão, atum, leite e derivados, cereais, frutas (como banana e morango) e espinafre são fontes desse nutriente
3. Vitamina C
Fortalece o sistema imunológico, facilita a absorção de ferro e participa da produção do colágeno (importante para a pele, os ossos e as articulações).
É também um antioxidante, por isso, bloqueia a ação dos radicais livres e freia seus impactos no organismo, como o desenvolvimento de condições cardíacas, diabetes e câncer. Pode ser obtida por meio de frutas cítricas, como a laranja, o limão, o abacaxi e o morango.
4. Vitamina D
É produzida naturalmente quando o corpo tem contato com a luz solar e atua na captação de cálcio e fósforo, fortalecendo dentes e ossos.
Consumir leite e seus derivados, ovos, fígado, peixes gordurosos (atum e sardinha, por exemplo) auxilia na formação e ativação da vitamina.
5. Vitamina E
A substância contribui para o bom estado dos tecidos corporais. Assim como a vitamina C, também atua como antioxidante.
Pode ser encontrada em óleos vegetais (milho, soja, girassol, azeite de oliva, entre outros), ovo, abacate, leite, espinafre e outros alimentos de folhas verde-escuras.
6. Vitamina K
É fundamental para a coagulação sanguínea e participa do metabolismo de minerais, como cálcio e ferro. Presente no fígado, óleos vegetais e hortaliças.
É importante ressaltar que um(a) profissional de Nutrição pode elaborar um planejamento alimentar apropriado para que todas elas estejam presentes nas refeições.
Sinais de carência nutricional em idosos
Um levantamento realizado pelo Departamento de Nutrição da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard revelou que o consumo de alimentos integrais como frutas, vegetais, grãos, sementes e legumes a cada refeição pode ampliar os anos de vida.
Entretanto, com o envelhecimento, é natural que mesmo com esse tipo de dieta haja menor absorção dos nutrientes. Isso pode ocorrer por inúmeros motivos, como a redução da ingestão alimentar, necessidades nutricionais que mudam ao longo dos anos, uso de medicamentos, entre outros.
Segundo o Ministério da Saúde, quando existe uma carência de vitaminas, é comum que o corpo manifeste:
- fadiga constante;
- anemia;
- atrofia das mucosas (a língua fica lisa, por exemplo);
- diarreia;
- unhas quebradiças;
- pele seca;
- cabelos frágeis;
- alterações de humor.
Caso o(a) idoso(a) apresente um ou mais sintomas, é importante investigar as causas o quanto antes, evitando que o quadro evolua para complicações graves.
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Quando a suplementação vitamínica para idosos é indicada
Embora a alimentação seja a melhor fonte de nutrientes, em alguns casos pode ser necessário ampliar o fornecimento desses compostos com o uso de suplementos vitamínicos.
Porém, vale pontuar que o consumo desses produtos deve ser realizado sempre com supervisão médica para não gerar danos ao organismo, como uma intoxicação. Um especialista em Geriatria é o mais indicado para orientar os idosos.
Em conclusão, com uma dieta equilibrada e rica em vitaminas, além de outros hábitos, como praticar exercícios físicos, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e abandonar o tabagismo, é possível alcançar a longevidade e garantir uma boa qualidade de vida na terceira idade.
Fontes:
- Department of Nutrition at Harvard T.H. Chan School of Public Health;
- Ministério da Saúde – Alimentação saudável;
- Ministério da Saúde – Consumo de vitaminas por idosos deve ser feito sempre sob orientação médica.
