4 dicas para evitar a digestão lenta no fim de ano
Com as festas de fim de ano chegando, é natural que o consumo de alimentos em grandes quantidades aumente, especialmente durante as ceias de Natal e réveillon.
Entretanto, isso pode desencadear a digestão lenta (também conhecida como má digestão ou dispepsia), que traz desconfortos e, consequentemente, impacta no bem-estar durante as festividades.
Neste conteúdo, abordaremos dicas para evitar o surgimento da dispepsia e seus sintomas para aproveitar a chegada do novo ano com saúde. Acompanhe!
Por que a digestão lenta acontece?
Segundo a Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia (SBMDN), a dispepsia é o conjunto de condições que pode acometer o estômago, comprometendo as funcionalidades do órgão. Alguns exemplos são a gastrite e o refluxo gastroesofágico, situação em que o conteúdo estomacal volta para o esôfago.
O excesso de comida, principalmente as muito gordurosas, como é de costume nas celebrações de Natal e Ano Novo, exige mais do corpo e pode resultar no aparecimento ou agravamento de sintomas, como a sensação de estufamento, queimação e dores abdominais, característicos dessas patologias.
Então, o que fazer? Em caso de surgimento desses sinais, a assistência de um profissional de Clínica geral deve ser acionada. Ele iniciará a investigação e realizará o encaminhamento para um gastroenterologista (responsável pela saúde do sistema digestivo), se necessário.
É válido salientar que essas duas especialidades estão disponíveis no dr.consulta e você pode receber os atendimentos por meio do Cartão dr.consulta, que oferece descontos especiais, inclusive para exames, para até 5 pessoas (contando com o titular).
4 dicas para evitar a dispepsia
A prevenção é a melhor estratégia para prevenir desconfortos gástricos. Assim, as principais táticas que podem ser úteis para impedir a digestão lenta, conforme a Revista Elsevier, são:
- mastigar bem os alimentos;
- evitar comidas que possam desencadear sintomas;
- diminuir o uso de tabaco e bebidas alcoólicas;
- respeitar os horários das refeições.
As 4 serão melhor explicadas a seguir.
1. Mastigar bem os alimentos
Uma boa digestão começa na boca e precisa da mastigação correta e sem pressa, uma vez que a saliva amolece os alimentos, dissolvendo-os com as enzimas, enquanto os dentes fazem a função de triturá-los em pedaços pequenos.
Quando esse processo é feito de forma inadequada, as chances de dores para engolir, ocasionadas por lesões no esôfago, e de sobrecarga de estômago aumentam, resultando na digestão lenta.
Outro ponto interessante é que, quando mastigamos, o nosso cérebro avisa o estômago de que logo chegará comida. Então, o órgão digestivo já se prepara, com a produção de ácido estomacal, para entrar em ação.
2. Evitar alimentos que possam desencadear sintomas
Para prevenir a dispepsia também é necessário manter uma alimentação saudável e com o consumo reduzido de comidas muito gordurosas, condimentadas (cheias de temperos), fritas, com cafeína e ultraprocessadas (que têm muitos componentes químicos e conservantes).
Quanto mais equilibrada e com ingredientes naturais for a refeição, mais fácil será a digestão. Então, o ideal é incluir frutas, verduras, legumes, leguminosas, grãos e carnes magras na ceia.
3. Diminuir o uso de tabaco e de bebidas alcoólicas
O álcool altera a secreção gástrica — ácido responsável pela digestão no estômago — e afeta a motilidade dos órgãos abdominais (como eles se movimentam para levar a comida por todo o trato gastrointestinal, do esôfago ao reto). Já a nicotina do tabaco deixa os músculos digestivos mais “preguiçosos”.
Por esses motivos, a digestão lenta pode ser mais comum em fumantes e em quem exagera nas bebidas alcoólicas. Portanto, a diminuição do uso dessas substâncias pode ser vantajoso para evitar os incômodos gastrointestinais.
Além disso, essa redução também é importante na prevenção de outras patologias, como:
- as cardiovasculares, que acometem as estruturas cardiovasculares (coração e vasos sanguíneos). O acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca são exemplos dessa categoria;
- as pulmonares, responsáveis pelo adoecimento do sistema respiratório, como a pneumonia).
4. Respeitar o horário das refeições
O ciclo circadiano é como um “relógio interno” do organismo que prepara o corpo para eventos cotidianos, como acordar e dormir. Além disso, é ele quem indica os momentos de fome diariamente, construindo uma rotina de preparação do metabolismo.
Por isso, é fundamental respeitar os horários das refeições, principalmente durante as festas nas quais as comidas possam estar sempre disponíveis, isso porque, a ingestão de alimentos fora do momento “esperado” pode influenciar na capacidade digestiva do estômago.
Além disso, não dormir logo depois das ceias é outra dica para evitar a digestão demorada e melhorar a qualidade do sono.
Agora que você já conhece as principais dicas para não ter a digestão lenta, não se esqueça de colocá-las em prática e aproveite as festas de fim de ano com saúde e bem-estar.
No entanto, se algum incômodo aparecer, busque o clínico geral e use o Cartão dr.consulta para se cuidar com benefícios.
Fontes:
- Tratamiento de los trastornos digestivos comunes | Elsevier;
- Gastrite nervosa | Ministério da Saúde (MS);
- Dispepsia funcional | diagnóstico e tratamento | Ministério da Saúde (MS);
- Dispepsia | Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia (SBMDN);
- Gastrite | Ministério da Saúde (MS);
- Deglutição | Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).