Como identificar 8 doenças intestinais e formas de prevenção

O intestino é um órgão vital que integra o sistema digestivo e tem funções essenciais, como absorver os nutrientes dos alimentos e eliminar o que não serve ao organismo por meio das fezes.
Quando o processo não funciona bem, pode ser um indicativo de doenças intestinais, que afetam a qualidade de vida e até impactam o estado emocional do paciente.
Reconhecer os sinais do corpo e buscar ajuda médica quando necessário é fundamental para o diagnóstico precoce e um tratamento adequado.
Doenças intestinais que precisam ser conhecidas
A seguir, são descritas as principais condições, seus sintomas mais comuns e como preveni-las.
- doenças inflamatórias intestinais;
- câncer no intestino;
- diverticulite;
- síndrome do intestino irritável;
- hemorroidas;
- gastroenterite;
- intolerâncias (lactose e glúten);
- parasitoses.
1. Doenças Inflamatórias Intestinais (DII)
Maio Roxo é o mês no qual as entidades de saúde voltam sua atenção para as campanhas de conscientização sobre esse conjunto de distúrbios, sendo as duas enfermidades principais: a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa.
Essa primeira pode acometer qualquer parte do tubo digestivo, enquanto a segunda atinge especialmente o intestino grosso (cólon).
Ambas acarretam inflamações crônicas, que geralmente causam diarreia persistente, cólicas intensas, sangue nas fezes, fadiga e perda de peso. E são identificadas por meio de testes de imagem e laboratoriais.
Apesar de as origens ainda não serem totalmente compreendidas, sabe-se que fatores genéticos e imunológicos podem estar envolvidos, aponta estudo publicado na Revista de Enfermagem Referência.
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2. Câncer no intestino
É um dos tipos mais frequentes no Brasil e no mundo. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer colorretal (que também afeta o cólon e o reto) ocupa a terceira posição no país.
Ele costuma evoluir lentamente, a partir de pólipos – pequenos tumores benignos – que podem se transformar em malignos ao longo do tempo.
Entre os sinais de alerta estão alterações no hábito intestinal (como prisão de ventre ou disenteria sem motivo aparente), sangramentos, emagrecimento e sensação de evacuação incompleta.
Para prevenir, práticas saudáveis e procedimentos regulares, como a colonoscopia, sobretudo a partir dos 50 anos, são recomendados.
3. Diverticulite
Trata-se de uma inflamação dos divertículos (pequenas bolsas que se formam na parede do intestino grosso) — derivada, muitas vezes, de processos infecciosos.
Provoca dor abdominal (geralmente no lado esquerdo), febre, náuseas e mudanças no funcionamento geral.
Pode exigir antibióticos e, em casos mais graves, até cirurgia de remoção de um pedaço do órgão.
Alimentação rica em fibras, com frutas, verduras e cereais integrais, ajuda a evitar o quadro, mostra uma pesquisa da Revista Eletrônica Acervo Saúde.
4. Síndrome do Intestino Irritável (SII)
Considerada uma enfermidade incapacitante, comum globalmente e presente em 10% a 15% da população brasileira, de acordo com estudo publicado pela Revista Eletrônica Acervo Saúde
Incômodos na barriga recorrentes, inchaço, gases, diarreia ou constipação (ou ambos, já que o sistema não atua adequadamente) são as principais manifestações e o estresse e a nutrição têm papel importante em seu surgimento e agravamento.
Abordagens efetivas incluem modificações na dieta, atividades físicas e controle do estresse. Medicamentos podem acabar sendo necessários.
5. Hemorroidas
Caracterizada por desconfortos ao evacuar, sangue e coceira, acontece quando as veias da região do ânus e do reto incham.
Esforço excessivo, prisão de ventre crônica, gravidez ou sedentarismo são alguns dos fatores que levam às alterações vasculares.
Na maioria das vezes, melhoram com mudanças no estilo de vida, pomadas ou banhos de assento, mas a cirurgia pode ser indicada.
6. Gastroenterite
Além do estômago, se espalha em pontos do intestino, devido a infecções por vírus ou bactérias provenientes de comidas ou água contaminadas. Os sintomas são intensos e compreendem disenteria, vômito, febre e dores abdominais.
Mesmo com duração normalmente curta, pode ser perigosa para crianças pequenas e idosos pelo risco de desidratação. A melhor forma de prevenção é manter uma boa higiene dos itens de consumo e lavar as mãos com frequência.
7. Intolerância à lactose e ao glúten
Intolerâncias alimentares ocorrem quando o organismo não consegue digerir certas substâncias. A da lactose, por exemplo, é resultado da falta da enzima lactase, que é produzida no intestino delgado e quebra o açúcar do leite.
Já a do glúten (chamada de doença celíaca) é uma condição autoimune, na qual o sistema imunológico, em contato com essa proteína presente no trigo, cevada, centeio e derivados, desencadeia um processo inflamatório.
Em ambas, inchaço, diarreia, desconfortos e gases são comuns caso a pessoa coma produtos com esses elementos.
O diagnóstico requer exames específicos e acompanhamento com nutricionista. Atualmente, existem suplementos de lactase para antes da ingestão, além de diversas mercadorias sem a adição desses componentes. Mas é importante verificar se não há chance de contaminação cruzada.
8. Parasitoses intestinais
Causadas por vermes ou protozoários que se instalam no órgão, são mais frequentes em lugares com saneamento básico precário.
Suas manifestações variam de acordo com o tipo de parasita, mas incluem evacuação constante, incômodos na barriga, perda de apetite e emagrecimento, exigindo medicamentos antiparasitários.
A prevenção passa por medidas simples, como lavar bem os alimentos, beber água de fonte segura e evitar andar descalço em locais de risco.

Quando procurar atendimento médico
Alterações persistentes no funcionamento dessa região devem ser investigadas. A busca pelo atendimento deve ser feita sobretudo quando há:
- fadiga excessiva;
- febre prolongada;
- sangramento nas fezes;
- dores abdominais constantes;
- diarreia ou constipação que não melhoram;
- redução de peso sem motivo aparente.
Vale lembrar que as consultas e os check-ups periódicos contribuem para a identificação de quadros como parasitoses, além do diagnóstico precoce de enfermidades mais graves, como o câncer.
Como cuidar da saúde do intestino diariamente
Mantê-lo saudável envolve cuidados diários, como:
- beber bastante água;
- ter uma alimentação rica em fibras;
- praticar atividades físicas regularmente;
- evitar o uso de medicamentos sem prescrição;
- higienizar bem os alimentos e as mãos antes das refeições;
- fazer exames de rotina, especialmente após os 50 anos.
Tais atitudes auxiliam na manutenção do bem-estar do órgão e também de todo o corpo para mais saúde ao longo da vida.
Fontes:
[…] para pessoas com presença de fatores de risco, como histórico familiar, síndromes genéticas ou doenças intestinais crônicas, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn, o início do rastreamento pode ser […]