Estresse e queda de cabelo têm relação. Saiba evitar ambos

A tensão excessiva é um fator comum na rotina de muitas pessoas e desencadeia diversos efeitos no organismo, incluindo a queda de cabelo. A ligação entre estresse e queda de cabelo se dá principalmente por alterações hormonais e imunológicas que ocorrem quando o corpo enfrenta situações de pressão e de estafa.
No entanto, o mecanismo principal que leva à perda capilar está relacionado ao ciclo de evolução dos fios. Afinal, o estresse intenso pode provocar uma interrupção prematura do desenvolvimento, resultando em prolongamento da fase de queda. Esse quadro é conhecido como eflúvio telógeno.
Ciclo de crescimento do cabelo e queda excessiva
Em média, é esperadoesperada que cerca de 100 a 150 fios se desprendam do couro cabeludo por dia. Isso faz parte do ciclo de desenvolvimento capilar, que envolve 3 fases:
- anágena – fase de crescimento, em que as células da matriz do folículo capilar estão se reproduzindo intensamente. Ela pode variar entre dois e seis anos e determina o comprimento que o fio terá;
- catágena – ocorre quando o fio atinge seu comprimento final e para de crescer, levando-o ao ciclo seguinte. Recebe também o nome de fase de repouso;
- telógena – período em que cerca de 10% dos fios sofrerão queda. Normalmente, dura de dois a quatro meses.
O papel do estresse na queda capilar
A sobrecarga emocional afeta a produção de hormônios, como o cortisol, o que altera a fase de crescimento capilar. Ele também influencia o sistema imunológico, agravando condições pré-existentes e desencadeando quadros de queda capilar mais acentuada.
Além disso, os momentos de tensão costumam levar a hábitos prejudiciais, como dietas restritivas, sono irregular e aumento do consumo de substâncias como cafeína e álcool, fatores que intensificam a queda de cabelo.
Diferença entre queda de cabelo por estresse e outras condições capilares
É essencial ter clara essa distinção, pois alguns casos têm causas genéticas ou autoimunes.
Eflúvio telógeno
Caracteriza-se por uma queda intensa e difusa (ou seja, espalhada por toda a cabeça) dos fios, geralmente percebida ao pentear ou lavar os cabelos. A causa é temporária e muitas vezes relacionada a eventos como cirurgias, doenças, mudanças na dieta e estresse significativo.
Alopecia androgenética
Conhecida popularmente como calvície, tem um padrão específico de diminuição do volume capilar e evolui progressivamente, ou seja, aumenta ao longo do tempo.
Alopecia areata
É uma condição autoimune (ou seja, quando o próprio sistema imunológico ataca os folículos capilares) caracterizada pela perda de cabelo em falhas arredondadas no cabeça ou em outras regiões do corpo.
Contar com acompanhamento médico especializado é necessário para entender e tratar essa condição de forma adequada. Uma assinatura como o Cartão dr.consulta é uma grande aliada nesse cuidado, pois oferece acesso às consultas com especialistas e exames:
4 formas de evitar a queda de cabelo causada pelo estresse

Embora não seja possível eliminar totalmente a sobrecarga emocional da vida cotidiana, algumas práticas minimizam seus impactos na vida e no cabelo:
- gerenciamento do estresse;
- alimentação saudável;
- cuidados com o couro cabeludo;
- orientação profissional.
1. Gerenciamento do estresse
Atividades que promovem o bem-estar reduzem os níveis de estresse e, consequentemente, a queda de cabelo:
- exercícios físicos regulares;
- práticas de relaxamento, como ioga e meditação;
- sono de qualidade;
- momentos de lazer e de descontração.
Lembrando que com essas práticas é possível melhorar não apenas a saúde capilar, mas também a qualidade de vida no geral.
2. Alimentação saudável
Uma dieta balanceada, rica em vitaminas e minerais, é indispensável para a saúde capilar. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), alguns nutrientes fundamentais incluem:
- ferro: presente em carnes, vegetais verdes escuros e leguminosas;
- vitamina D: essencial para o crescimento capilar, encontrada em peixes, ovos e pela exposição ao sol;
- vitamina A: importante para fortalecer os fios e presente em vegetais amarelos, folhas verdes escuras, pêssegos e melão;
- complexo B: auxilia na nutrição da base dos cabelos e é encontrado em carnes, peixes, leite e cereais integrais;
- biotina: estimula a produção de queratina que, por sua vez, protege e reveste os fios. Encontrada em nozes, ovos e bananas;
- proteínas: fundamentais para a estrutura do fio, presentes em carnes magras, ovos e laticínios.
A nutrição do organismo garante a produção de elementos que mantêm os fios fortes e saudáveis, conforme destaca a SBD.
3. Cuidados com o couro cabeludo
Essa parte do corpo também precisa de atenção especial para evitar a queda. A recomendação inclui:
- usar shampoos adequados ao tipo de cabelo;
- evitar trancos excessivos ao pentear os fios;
- reduzir o uso de ferramentas de calor, como secadores e chapinhas.
Cuidados externos também são fundamentais: hidratações semanais em casa e hidratações mais intensivas no salão ajudam a manter a saúde dos fios. Além disso, é importante escolher produtos capilares com filtro solar para proteger os cabelos da radiação UV.
4. Orientação profissional
Consultar um dermatologista é fundamental para um diagnóstico correto e um plano de tratamento adequado. Quando necessário, são indicadas terapias como:
- suplementação vitamínica;
- medicamentos estimulantes do aumento do volume capilar;
- terapias a laser para fortalecimento dos fios.
Com esse cuidado, é possível identificar precocemente possíveis alterações no ciclo capilar, ajustar tratamentos conforme a necessidade e garantir que os fios se recuperem de maneira saudável.
O cabelo reflete o estado geral do organismo, e sua queda é um sinal de que algo precisa de atenção. Mais do que apenas um fator estético, manter fios saudáveis está diretamente ligado a uma boa qualidade de vida.
Pequenas mudanças nos hábitos diários trazem grandes diferenças, não só para a saúde capilar, mas também para o bem-estar geral.
Fontes:
- Ministério da Saúde;
- Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional RJ;
- Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS;
- Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS;
- Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS;
- Sociedade Brasileira de Dermatologia;
- Sociedade Brasileira de Dermatologia;
- Sociedade Brasileira de Dermatologia;
- Sociedade Brasileira de Dermatologia.