Conheça dicas práticas para driblar o nervosismo

O nervosismo é uma resposta natural em circunstâncias que geram pressão ou incerteza. Embora seja comum, pode virar uma questão que interfere no desempenho de atividades cotidianas.
Portanto, aprender a lidar com o nervoso é essencial para fortalecer a sanidade mental e alcançar maior qualidade de vida, considerando todas as emoções associadas a esse estado.
O que faz o nervosismo ser o que é
A sensação característica em que os nervos ficam à flor da pele é resultado da resposta do corpo a eventualidades que o cérebro interpreta como desafiadoras ou ameaçadoras.
Em resumo, ela está diretamente ligada à liberação de hormônios como a adrenalina e o cortisol, que preparam o organismo para reagir a perigos. Tal mecanismo é conhecido como preparo para “lutar ou fugir”.
Mas, quando esse estado de tensão se torna repetitivo ou excessivamente forte, ocasionalmente evolui para transtornos mentais, afetando a saúde integralmente. Para exemplificar, cabe mencionar os distúrbios ansiosos que têm na irritabilidade um sintoma presente.
Não por menos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que essa alteração está entre as queixas de saúde mental mais comuns no mundo, atingindo milhões de pessoas.
Possíveis razões do nervosismo
O gatilho para tal apreensão é disparado por inúmeros fatores, que variam de acordo com o contexto e a personalidade de cada indivíduo. Entre as explicações mais prováveis destacam-se:
- exposição ao estresse, como os períodos anteriores a entrevistas de emprego ou provas na escola e na faculdade;
- medo do desconhecido, uma vez que cenários novos ou imprevisíveis tendem a causar variados graus de ansiedade;
- preocupações excessivas, justificáveis ou não, com possibilidades futuras;
- ausência de autoconfiança, que gera insegurança em relação às próprias capacidades;
- aspectos sociais, como desemprego, questões financeiras, episódios de violência ou relacionamentos abusivos;
- elementos fisiológicos, associados a desequilíbrios hormonais, falta de sono ou mesmo o excesso de cafeína e de outros estimulantes.
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Sinais de que o nervosismo está passando da conta

Sentir uma irritação exagerada de maneira esporádica jamais deve ser encarado como algo que mereça atenção, sobretudo quando desaparece sozinha e não gera contratempos.
Porém, no longo prazo, o nervosismo persistente se manifesta por meio de sintomas, tanto físicos quanto emocionais. Diante disso, as alterações mais frequentes incluem:
- manifestações de natureza física, como coração acelerado, sudorese, tremores, boca seca, dor de estômago, compressão do peito e rigidez muscular;
- disfunções emocionais, que se apresentam com o aumento da irritabilidade, receio excessivo e/ou irracional, dificuldade de concentração e impressão de estar no limite;
- mudanças comportamentais, especialmente com a evitação de dinâmicas percebidas como tensas (uma data importante, encontrar uma pessoa, assumir uma responsabilidade etc.).
5 dicas práticas para superar o nervosismo constante
Amenizar esse sentimento é possível com a adoção de estratégias relativamente acessíveis. Portanto, vale a pena ter ciência de recomendações que permitem trabalhar essa condição:
- praticar técnicas de relaxamento;
- preparar-se e antecipar-se a cenários;
- manter uma rotina saudável;
- entender até que ponto o nervosismo é esperado;
- buscar apoio profissional.
1 – Praticar técnicas de relaxamento
É um pouco deselegante pedir para alguém relaxar em uma situação de nervosismo, mas algumas abordagens atenuam a percepção indesejada que aparece nesses momentos.
Retomar o domínio do processo de respirar é uma dessas ferramentas poderosas, com evidências comprovadas. Frente a uma adversidade, o entra e sai de ar tende a ficar mais rápido e superficial, amplliando o desconforto.
Logo, métodos para descomprimir, como a respiração diafragmática (utilizando o músculo acima da barriga que sobe e desce com o movimento dos pulmões), atenuam principalmente os sintomas físicos do nervosismo.
Para isso, basta inspirar lentamente pelo nariz e expirar bem devagar pela boca, repetindo o processo por alguns minutos.
2 – Preparar-se e antecipar-se a cenários
Muitas vezes, o nervosismo surge em situações que exigem preparativos, como uma apresentação ou entrevista.
Planejar-se com antecedência (sem exagerar, claro) e treinar o que será dito ou feito aumenta a confiança e reduz a ansiedade. Fazer simulações, repassar o tema da fala ou da prova ou conversar a respeito da apreensão pelo que está por vir já costuma ser o suficiente.
3 – Manter uma rotina saudável
A saúde está vinculada inteiramente ao equilíbrio emocional (e vice-versa). Ou seja, adotar hábitos que incluam uma alimentação balanceada, a prática regular de exercícios físicos e o sono regular são parte do autocuidado indispensável.
Para garantir esses benefícios, não é preciso nenhuma revolução. Tentar dormir entre sete e nove horas por noite, praticar qualquer atividade física na maioria dos dias da semana e priorizar uma dieta equilibrada já são um excelente começo.
4 – Entender até que ponto o nervosismo é esperado
O controle da tensão no cotidiano passa por aceitar que ela é uma reação plenamente aceitável. Reconhecer isso também ajuda a reduzir a pressão sobre si, em especial perante a expectativa de que se responda bem a todos os obstáculos.
Com essa ressalva, o nervosismo se transforma em uma queixa se é habitual, intenso ou derruba o bem-estar e a capacidade de realizar as tarefas.
5 – Buscar apoio profissional
Quando esses alertas aparecem, é interessante procurar acolhimento para investigar causas (entendendo se eles não são consequência de um transtorno de ansiedade generalizada, por exemplo).
Psicólogos e psiquiatras oferecem recursos certificados e tratamentos específicos mediante o diagnóstico adequado. As abordagens geralmente incluem sessões de psicoterapia e/ou medicamentos, se necessário.
Eliminar totalmente o nervosismo é praticamente impossível, mas aprender a lidar com ele é uma habilidade que pode ser desenvolvida com um exercício de autoconhecimento. Desse modo, fica mais simples administrar a angústia do dia a dia.
Fontes: