Como combater o presenteísmo de forma mais eficiente
Embora às vezes não receba tanto destaque quanto a ausência do trabalho (o chamado absenteísmo), o presenteísmo pode ser igualmente prejudicial à produtividade e ao estado de ânimo como um todo, no ambiente profissional.
Dimensionar as causas e os efeitos para agir preventivamente ou atuar na resolução dessas ocorrências, traz retornos positivos para os indivíduos e para a empresa.
O que exatamente define o presenteísmo
Alcançar um “estado produtivo” depende da plenitude física e mental daquele responsável por desenvolver determinada demanda.
Nesse contexto, o presenteísmo aparece quando o colaborador comparece para suprir as exigências sem o bem-estar necessário para atingir os objetivos propostos ou apresentam distanciamento psíquico do trabalho. É quando uma pessoa está presente fisicamente, mas por diferentes razões, ausente, como se não estivesse ali – o que a impossibilita de ser produtivo.
Entretanto, é importante não confundir essa ausência com o absenteísmo (caracterizado pelas faltas) ou com o afastamento do trabalho de fato, que pode ocorrer de forma temporária ou definitiva, e é prevista em lei, no caso dos empregados com registro em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), os celetistas.
Ultimamente o conceito passou a englobar outros fatores que afetam a motivação no trabalho, o engajamento e a satisfação pessoal e profissional.
As 5 justificativas frequentes para o presenteísmo
Embora essa seja uma situação desafiadora para os gestores, cabe sempre reforçar que esse não é um ato deliberado ou apenas má vontade, por isso se deve evitar julgamentos precipitados. Diversos fatores individuais e coletivos interagem e podem justificar esse comportamento, como:
- a sobrecarga permanente, que provoca desgaste acentuado nos profissionais;
- desequilíbrios de saúde ocultos ou não relatados, com manifestações silenciosas e queixas postergadas (como complicações de saúde mental, incluindo ansiedade, depressão e a síndrome de burnout);
- insatisfações com cargo, remuneração, benefícios ou demais fatores relacionados à profissão, que eventualmente pioram a tensão e reduzem a capacidade de dedicação;
- ambiente inadequado, seja por questões de segurança ou pela presença de conflitos constantes;
- preocupações ou obstáculos pessoais e familiares, que não têm relação com a empresa, mas geram impacto similar.
Uma pesquisa realizada com 2.093 trabalhadores da indústria demonstrou que idade inferior a 30 anos, escolaridade mais elevada, quadros de dor, sono ruim, estresse e outros sentimentos negativos aumentavam o presenteísmo.
Os dados foram publicados na Revista Brasileira de Saúde Ocupacional em 2020. Na contramão, outro estudo concluiu que pessoas com maior nível de emoções positivas, como felicidade e gratidão, apresentavam menores índices de absenteísmo e de presenteísmo.
Sinais que auxiliam na identificação
O presenteísmo é mensurado pelo número de dias em que o profissional deveria ter se ausentado, mas compareceu e não desempenhou sua obrigação de maneira satisfatória. O ato de “bater o cartão” ou “bater o ponto” e estar fisicamente presente não anula os demais sinais, que podem ser observados, normalmente quando:
- a qualidade do trabalho entregue diminui, com erros anteriormente incomuns;
- existe a impressão ou constatação de que o empregado está mais estressado, menos atento e mais indisposto;
- surge um isolamento, menos interações com colegas e um aumento da indiferença às tarefas desenvolvidas.
No geral, o presenteísmo pode ser evidenciador quando todas as tarefas são realizadas no “piloto automático”, sem que o funcionário consiga alcançar o melhor resultado.
Estratégias eficazes para combater e reduzir esse fenômeno no ambiente de trabalho
Diante desse cenário, é necessário adotar um conjunto de ações que promovam a satisfação e o bem-estar dos colaboradores. Essas medidas incluem:
Aperfeiçoar continuamente as condições do ambiente de trabalho
É essencial avaliar regularmente se todos os requisitos para espaços seguros e ergonomicamente adequados foram devidamente atendidos. Isso abarca, naturalmente, o respeito às regulações vinculadas à segurança e à ergonomia, que evitam acidentes, por exemplo.
As lesões por esforço repetitivo (LER) e os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort) estão entre as principais causas de afastamento e comprometimento da funcionalidade profissional. Elas devem sempre ser avaliadas por um ortopedista.
Dar benefícios compatíveis que também atendam a família
Os benefícios corporativos são ferramentas práticas de atratividade, retenção, engajamento e satisfação dos funcionários. No topo da lista das necessidades estão aqueles voltados para a saúde como convênios médicos, planos de descontos em medicamentos e planos odontológicos.
Com o encarecimento dos custos dos planos de saúde, as empresas precisam investir em soluções mais vantajosas para garantir essa cobertura, como o Cartão dr.consulta empresas: a assinatura de benefícios em saúde.
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Somente o Cartão dr.consulta empresas tem:
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Definir metas claras e reconhecer os talentos
Definir objetivos e demonstrar como cada um contribui para as perspectivas de crescimento dentro da carreira é um ponto insubstituível para fomentar altos níveis de motivação e de engajamento.
Essa abordagem auxilia na redução da falta de objetividade e de sentido para a atuação, uma reclamação de muitos profissionais.
O reconhecimento e valorização são outros aspectos comprovados para reduzir o presenteísmo. Colaboradores que se sentem pertencentes e devidamente reconhecidos (algo além da meritocracia), desempenham melhor seus papéis diariamente e acreditam mais no seu futuro profissional.
Comunicação e feedbacks constantes
A comunicação é um pré-requisito para estabelecer a confiança entre líderes e liderados e seus pares. Ter a liberdade de se expressar e falar aberta e informalmente sobre dificuldades do trabalho ou questões mais pessoais que envolvam a família, os parceiros ou desafios externos, com o intuito de ter apoio ou conselhos, faz do ambiente mais acolhedor e humanizado.
As sessões de feedbacks formais também são fundamentais para que o trabalho seja devidamente avaliado.
O presenteísmo não é uma causa isolada e a responsabilidade pelo seu combate não é só da alta gestão e das áreas de Recursos Humanos. Embora sejam quem viabilizem essas iniciativas, são apenas uma parte. Todos na empresa devem ter o compromisso com o bem-estar comum e coletivo.
Fontes: