Você conhece a síndrome do coração partido?

Certas situações estressantes do dia a dia podem causar impactos negativos para o bem-estar, inclusive na saúde cardiovascular. Um exemplo é a síndrome do coração partido, também conhecida como síndrome de Takotsubo ou cardiomiopatia.

Em geral, essa doença é definida por ser de caráter transitório e costuma estar mais presente em pessoas do gênero feminino com idade acima dos 40 anos.

Neste conteúdo, apresentaremos com mais detalhes o que é a síndrome, seus primeiros indícios, as formas de tratamento e como preveni-la.

O que é e o que causa a síndrome do coração partido?

A síndrome do coração partido é uma condição rara e não permanente desencadeada por situações de grande estresse emocional.

Esses sentimentos estressantes liberam substâncias em grandes quantidades no organismo, como a adrenalina, o que pode causar alterações na irrigação sanguínea do coração e fazer com que as emoções interfiram no bom funcionamento cardíaco. 

Segundo o Ministério da Saúde (MS), alguns contextos que podem desencadear o desenvolvimento da síndrome são:

• problemas na saúde financeira;
• diagnósticos médicos difíceis, como câncer;
• situações familiares adversas;
• períodos de luto;
• dificuldades em relacionamentos amorosos;
• contratempos e incertezas na vida profissional.

Primeiros indícios

Os principais sintomas da síndrome do coração partido são muito semelhantes aos sinais de infarto e incluem:

• dor súbita no peito;
• dificuldade para respirar;
• desmaios;
• vômitos;
• tonturas;
• cansaço;
• entre outros.

Ao sentir esses desconfortos, é fundamental buscar auxílio médico imediato. Uma vez atendido, o profissional da saúde poderá avaliar o cenário e descartar a hipótese de infarto.

Como é feito o diagnóstico e tratamento?

Após o descarte da possibilidade de infarto, o diagnóstico é realizado pelo profissional de Cardiologia durante a anamnese. Em alguns quadros, para a confirmação, pode ser necessária a realização de exames complementares, como o eletrocardiograma. 

Por se tratar de uma condição transitória, o músculo do coração voltará ao estado convencional após um período.

Entretanto, até que as funções cardíacas se estabilizem, pode ser recomendado o uso de medicamentos prescritos, bem como o acompanhamento com psicólogos ou psiquiatras, geralmente por meio da abordagem comportamental. 

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A melhor estratégia é a prevenção!

Segundo a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) e o MS, a prevenção é a melhor forma de lidar com a síndrome do coração partido, sendo a realização de exercícios físicos a principal medida preventiva.

Além disso, se exercitar com frequência também auxilia na prevenção de outras doenças cardiovasculares.

Para introduzir os exercícios físicos no dia a dia, são necessárias algumas ações, como:

• criar um ambiente propício;
• encontrar uma modalidade prazerosa;
• atentar-se à autocobrança;
• criar pequenas metas.

Consequências positivas da prática de atividades físicas

Como mencionado, praticar exercícios físicos pode ser algo extremamente benéfico para evitar o desencadeamento da síndrome de Takotsubo.

A caminhada e a corrida, principalmente as coletivas, são importantes e causam efeitos psicológicos positivos. Além disso, outras consequências da realização frequente de atividades são:

• aumento da autoestima;
• alívio mais efetivo de momentos estressantes;
• mudança da percepção da autoimagem.

No entanto, embora o movimento regular do corpo seja fundamental, o acompanhamento com psiquiatras e psicólogos também é uma atitude que deve ser considerada.

Ainda, é essencial que a prática de atividades seja devidamente orientada. Portanto, um profissional especializado precisa ser consultado para uma avaliação geral do condicionamento físico e a prescrição de outras recomendações prévias.

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Fontes:

• Síndrome do coração partido | Ministério da Saúde (MS);
• Síndrome do coração partido, um problema contemporâneo | Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp);
• Síndrome do coração partido (Síndrome de Takotsubo) induzida por ecocardiograma de estresse com dobutamina | Arquivos Brasileiros de Cardiologia;
• Guia de atividade física para população brasileira | Ministério da Saúde (MS);
• Diretrizes da OMS para atividade física e comportamento sedentário | Organização Mundial da Saúde (OMS).