Açúcar no sangue e seus efeitos no organismo

Compreender como o açúcar age no sangue é essencial para fazer escolhas mais conscientes no dia a dia. Ele faz parte da rotina alimentar de muitas pessoas, mas seu impacto no corpo vai muito além do sabor adocicado. Afinal, ele afeta diretamente os níveis de energia e funcionamento de órgãos essenciais.
O que acontece no corpo ao consumir açúcar?
Quando consumida, a substância é convertida em glicose, que serve como fonte de vitalidade para células, músculos e órgãos. Mas, para que ela seja aproveitada pelas células, o pâncreas libera insulina, um hormônio que funciona como uma “chave” para abrir as células e permitir a entrada.
A rapidez com que esse processo acontece depende do tipo de carboidrato consumido. Isso influencia diretamente a quantidade de açúcar no sangue e a forma como o organismo responde.
Açúcares simples x complexos
Os carboidratos são divididos em simples e complexos, de acordo com sua estrutura química e velocidade de absorção.
Açúcares simples
Encontrados em doces, refrigerantes, pães brancos e produtos ultraprocessados, esses carboidratos são rapidamente quebrados e absorvidos.
Isso faz com que os índices de glicemia subam rapidamente, gerando picos energéticos seguidos de quedas bruscas. Como resultado, há mais fome em menos tempo e maior sobrecarga para o pâncreas.
Carboidratos complexos
Presentes em frutas, legumes, cereais integrais e leguminosas, possuem uma estrutura mais elaborada.
Isso significa que a digestão e a absorção são mais lentas, proporcionando uma liberação gradual de açúcar no sangue. Esse processo ajuda a manter a disposição por mais tempo, por isso, promove maior sensação de saciedade.
O Cartão dr.consulta conecta você a uma rede de especialistas da nossa rede própria, exames essenciais e acompanhamento personalizado, garantindo um cuidado mais acessível e completo para quem busca monitorar a glicemia e manter a saúde em dia.
Além disso, por meio do programa Viva Bem, você tem suporte de uma equipe multidisciplinar que auxilia no esclarecimento de dúvidas sobre condições crônicas, como o diabetes, e promove um cuidado mais próximo e eficiente.

Sinais de quando o açúcar está alto no sangue
Também chamado de hiperglicemia, esse quadro gera sinais perceptíveis que incluem:
Sede e vontade frequente de urinar
O corpo tenta eliminar o excesso de açúcar pelos rins, aumentando a produção de urina. Como consequência, há perda significativa de líquidos, causando sede intensa.
Fadiga e falta de energia
Mesmo com glicose em excesso, as estruturas têm dificuldade em usá-la corretamente, resultando em cansaço constante e falta de disposição.
Visão embaçada
O açúcar elevado causa inchaço na lente dos olhos, prejudicando o foco e deixando a visão turva.
Pele seca e coceira
A hiperglicemia reduz a hidratação da pele, resultando em ressecamento e irritações.
Dificuldade na cicatrização de feridas
Valores altos de açúcar comprometem a circulação sanguínea e afetam a capacidade de recuperação, tornando a cicatrização mais lenta.

Os efeitos do açúcar baixo no sangue
A hipoglicemia ocorre quando os níveis de açúcar no sangue caem demais, o que acontece devido ao uso excessivo de insulina, longos períodos sem se alimentar ou esforço físico intenso sem reposição adequada de energia.
Tontura e confusão mental
O cérebro depende da glicose para funcionar corretamente. Quando a quantidade está muito baixa, há dificuldade de concentração e sensação de desorientação.
Tremores e suor excessivo
O corpo libera hormônios como adrenalina para tentar normalizar o açúcar, o que causa tremores e suores intensos.
Fome repentina e intensa
A necessidade de repor a taxa glicêmica faz com que a fome aumente abruptamente, muitas vezes acompanhada de irritabilidade.
Palpitações e fraqueza
A baixa de açúcar afeta o coração, alterando o ritmo dos batimentos e gerando sensação de fraqueza geral.
Por esses motivos, existem exames laboratoriais específicos que monitoram esses índices e auxiliam no diagnóstico e acompanhamento de condições metabólicas.
A glicemia em jejum mede a quantidade de açúcar no sangue após um período sem alimentação, enquanto o exame de hemoglobina glicada (HbA1c) avalia a média da quantidade nos últimos três meses, permitindo uma visão mais ampla.
Além desses, o teste de curva glicêmica pode ser solicitado para avaliar a resposta à ingestão de glicose e detectar possíveis alterações no metabolismo.
Para a prevenção de possíveis complicações, um médico especialista poderá avaliar alterações glicêmicas, diagnosticar condições como diabetes, bem como orientar o tratamento mais adequado para cada caso.
Mantendo o equilíbrio dos níveis de açúcar no sangue
Manter o controle evita complicações e melhora o bem-estar, podendo ser feito com:
Escolhas alimentares inteligentes
- Preferir alimentos ricos em fibras, como aveia e pães integrais, pois contribuem com a liberação gradual da glicose;
- reduzir o consumo de produtos ultraprocessados, que têm grandes quantidades de açúcares adicionados;
- optar por adoçantes naturais, como mel e açúcar mascavo, por exemplo, que preservam mais nutrientes.
Hidratação adequada
A água ajuda os rins a eliminarem o excesso de açúcar e melhora o equilíbrio metabólico.
Prática regular de atividade física
Exercícios físicos auxiliam o sistema biológico a utilizar melhor o próprio combustível, reduzindo picos e quedas bruscas.
Monitoramento e acompanhamento profissional
Manter um acompanhamento médico e nutricional facilita o ajuste de hábitos, incluindo os alimentares, e tratamentos conforme as necessidades individuais.
Além disso, estudos recentes sugerem que a suplementação de creatina contribui para a regulação da glicose no sangue reduzindo entre 15% e 20% nos níveis de glicemia. Apesar dos resultados promissores, é fundamental que qualquer suplementação tenha acompanhamento de profissionais de saúde.
O corpo se comunica de várias formas, e a taxa de açúcar no sangue é um reflexo direto do equilíbrio interno. Cada escolha alimentar, cada hábito diário e cada momento de autocuidado moldam essa narrativa.
Cuidar da saúde não se resume a evitar extremos, mas sim a construir um caminho sustentável.
Fontes: