Durante a gestação, a fome aumenta e muitas mulheres passam a comer mais. Acontece que a quantidade não é o mesmo que qualidade.
Nessa fase, é importante se alimentar bem e evitar, ou até mesmo cortar, algumas comidas e bebidas.
Continue no post para saber como deve ser a alimentação na gravidez, incluindo o que pode e o que não pode ser ingerido visando a saúde do bebê.
O que deve ser incluído na alimentação na gravidez
Que a refeição deve ser rica em nutrientes, provavelmente você já sabe. No entanto, alguns alimentos podem ser especialmente benéficos durante a gestação. São eles:
- legumes e verduras;
- feijão e arroz;
- aveia;
- alimentos ricos em proteínas;
- frutas.
Confira abaixo o benefício de cada um desses itens:
Legumes e verduras
Essa dupla é importantíssima em qualquer fase da vida, mas ela torna-se ainda mais essencial na gestação, já que legumes e verduras são excelentes fontes de:
- vitaminas;
- minerais;
- fibras;
- antioxidantes.
Esses e outros nutrientes encontrados nessa dupla vão ajudar a evitar o nascimento prematuro, má formação do feto e o ganho de peso excessivo da mulher.
É importante destacar também o papel dos vegetais verde-escuros nesse grupo. Eles são ricos em cálcio, ferro e ácido fólico — elementos que não podem faltar durante a alimentação na gravidez.
Isso porque, o cálcio é importante para a formação óssea do bebê, o ferro auxilia no crescimento da placenta e o ácido fólico reduz o risco de má formações e doenças vasculares.
Entre as melhores opções desses vegetais está a couve-manteiga, rica também em vitamina C, que ajuda o organismo a absorver todos os minerais.
Feijão e arroz
O tradicional feijão com arroz deve ser mantido na alimentação na gravidez, já que o primeiro legume contém proteínas, ferro, cálcio, magnésio (sendo um dos alimentos ricos em magnésio), zinco e vitaminas (principalmente do complexo B), além de fibras e carboidratos.
Com todos esses nutrientes, consumir o feijão pode auxiliar na prevenção de diversos quadros, como anemia e intestino preso.
O legume pode ser consumido em qualquer refeição (até mesmo na janta), inclusive com condimentos como alecrim, orégano, manjericão e tomilho. Também é possível temperá-lo com folha de louro, mas com moderação, já que em grandes quantidades pode causar sangramentos na gestante.
Quando ingerido com arroz, o feijão forma uma proteína altamente nutritiva, e suas fibras se transformam em uma espécie de gel — proporcionando a sensação de saciedade.
Aveia
Durante a gestação, o sistema imunológico sofre uma baixa natural, deixando a mulher mais suscetível a infecções e outras doenças.
A aveia é um alimento que auxilia a manutenção ativa do sistema imunológico, além de ter muitas fibras solúveis. O grão também reduz o colesterol ruim (LDL) e tem diversos nutrientes, incluindo potássio, ferro, selênio, zinco, cálcio e ferro.
A indicação é de 20 a 30 gramas ao dia. Levando em consideração que uma colher de sopa média tem 20 gramas, é possível incluí-la facilmente no cardápio — seja em frutas, iogurtes ou vitaminas — para ter uma gravidez mais saudável.
Alimentos ricos em proteínas
As proteínas são muito importantes e devem ser incluídas na alimentação na gravidez, pois auxiliam na formação e no crescimento do feto, dos tecidos maternos e da placenta.
A proteína pode ser encontrada em ovos, leite desnatado e carnes — opte pelas magras, como patinho.
Frutas
Elas também fazem parte dos itens indispensáveis na gestação. Isso porque, as frutas contêm muitas substâncias benéficas para a saúde, como fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes.
Mas atenção: o ideal é comê-las inteira, pois os sucos não têm os mesmos nutrientes e vantagens que a fruta in natura.
O que deve ser evitado na alimentação na gravidez
Assim como existem alimentos que podem — e devem — ser ingeridos, outros devem ser evitados. Conhecê-los, portanto, é essencial para evitar complicações durante a gestação. Confira:
- carnes e peixes crus;
- cafeína;
- bebidas alcoólicas e adoçadas;
- alimentos ultraprocessados;
- produtos feitos com leite não pasteurizado.
Entenda melhor a seguir, porque eles fazem parte dessa lista.
Carnes e peixes crus
Carnes e peixes crus podem conter bactérias, além do toxoplasma — um parasita que se multiplica e ataca todos os órgãos através do sangue, causando infecção generalizada. Ele pode ser transmitido ao bebê e causar diversas complicações, como microcefalia e icterícia. Portanto, evite comer carne crua ou mal passada.
É importante ressaltar que mesmo cozidos, alguns peixes também devem ser evitados por serem ricos em mercúrio, como o peixe-espada, o atum e o cação. Essa substância na gravidez pode prejudicar o desenvolvimento neurológico do feto, resultando em danos como perda de audição e déficit cognitivo.
Os ovos também devem ser sempre bem cozidos para evitar a salmonela, uma bactéria que provoca infecções alimentares graves e vários problemas na gestação. Então, nada de gema mole!
Cafeína
Embora a cafeína não seja proibida, ela deve ser consumida com muita cautela. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda ingerir apenas 300 mg por dia — cerca de três xícaras de 240 ml de café. É preciso lembrar que ela está presente também em outros alimentos, como refrigerantes de cola, chá preto, chá mate, chocolate e chimarrão.
O consumo dessa substância em excesso pode causar problemas para as grávidas, como o baixo ganho de peso e até mesmo o nascimento prematuro do bebê.
É importante ressaltar que essa recomendação é geral. Assim, o ideal é analisar o seu caso para indicações mais assertivas. Um nutricionista pode te ajudar a construir uma dieta personalizada e com todos os nutrientes que precisa.
Bebidas alcoólicas e adoçadas
O álcool é estritamente proibido em quaisquer quantidades, pois ele passa pela placenta e precisa ser metabolizado pelo fígado do bebê, podendo gerar problemas cardíacos, retardo no crescimento, malformações e outras complicações.
Também é recomendado que a gestante evite consumir bebidas adoçadas, como refrigerante, suco de caixinha ou em pó, e refrescos. Isso porque, elas vêm acompanhadas de uma grande quantidade de açúcares, aromatizantes, corantes e outros aditivos que podem fazer mal à saúde.
A ingestão pode, ainda, piorar sintomas comuns na gestação, como enjoos e vômitos, além de contribuir para o desenvolvimento de diabetes gestacional e ganho de peso excessivo durante essa fase.
Alimentos ultraprocessados
Neste momento, você já deve ter percebido que o segredo de uma boa alimentação na gravidez é a riqueza de nutrientes — realidade oposta dos alimentos ultraprocessados. Essa categoria é rica em gorduras, açúcares e sódio, e deixa a desejar em relação a fibras, vitaminas e minerais.
Hambúrgueres, embutidos (como linguiça e salame), macarrão instantâneo e bolachas são alguns dos itens que fazem parte desse grupo e que, portanto, devem ser evitados por grávidas.
Produtos feitos com leite não pasteurizado
A pasteurização é um processo em que o leite é aquecido em alta temperatura, assegurando a eliminação de bactérias e a conservação dos nutrientes. O leite cru, que não é pasteurizado, pode estar contaminado, prejudicando a gestação.
Portanto, ele é um dos alimentos a serem retirados da alimentação na gravidez, assim como os produtos que dele forem derivados, como doces e queijos.
Para uma dieta que se adapte às suas necessidades e ao seu dia a dia, procure um nutricionista. O profissional da saúde pode orientar sobre as melhores fontes de cálcio e outros nutrientes essenciais para o desenvolvimento do bebê.
Outros cuidados para uma alimentação saudável na gravidez
Além de optar por alguns alimentos (e evitar outros), existem outros hábitos que devem ser adotados pela mulher. São eles:
- beber bastante água;
- fazer refeições regulares;
- comer sem distrações.
Confira mais detalhes abaixo:
Beber bastante água
Uma dica simples e boa para todos, mas principalmente para as grávidas, é beber bastante água. Dois litros por dia, pelo menos, ajudam a saúde do sangue, do útero, da placenta e do bebê. Também evitam quadros de pressão alta e de infecção urinária.
Fazer refeições regulares
Não fique muito tempo sem comer! A recomendação para grávidas é de 6 refeições por dia — considerando café da manhã, almoço e janta, e mais 3 pequenos lanches.
Isso ajudará a amenizar os desconfortos gastrointestinais comuns na gravidez como enjoos, vômitos e indigestão.
Comer sem distrações
Durante as refeições, concentre-se nelas! Evite se alimentar vendo televisão ou mexendo no celular. Além disso, é importante mastigar devagar e várias vezes.
Essa também é uma dica para amenizar alguns incômodos que aparecem na gestação, como sensação de estufamento e refluxo.
Cuide-se em todos os sentidos
Além da alimentação na gravidez, é essencial cuidar da saúde como um todo. Afinal, sendo a gestação planejada ou não, o seu organismo passará por alterações para ajudar no desenvolvimento de uma nova vida.
O primeiro passo deve ser iniciar o pré-natal. Além dos exames periódicos para saber se está tudo bem com você e com o seu filho (como o ultrassom morfológico e o hemograma), o acompanhamento com o médico obstetra é importante para que a mulher tire suas dúvidas, como sexo na gravidez ou o que é tabela da gestante.
A consulta com o pediatra também é importante antes mesmo do bebê nascer. Além de ser o momento ideal para estreitar laços e trocar informações, o profissional de Pediatria já pode planejar um atendimento personalizado para o seu futuro paciente — especialmente se houver alguma condição de saúde já diagnosticada.
Após o nascimento, o cuidado continua! Um dos primeiros passos nesse sentido deve ser a realização do teste do pezinho. Ele é capaz de identificar seis tipos de doenças genéticas e congênitas, entre elas o hipotireoidismo e a anemia falciforme.
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O acompanhamento com o médico que cuidou da gestação também é necessário após o parto. Ele irá avaliar a sua saúde e a do bebê e orientá-la em relação à amamentação e outros cuidados básicos nesse período.
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Fontes: