Guia completo sobre câncer de mama: sintomas e prevenção
Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam para mais de 70 mil novos casos por ano de câncer de mama.
Embora também possa atingir homens, a condição acomete majoritariamente as mulheres. O conhecimento sobre sintomas, fatores de risco, formas de prevenção e meios de diagnóstico é essencial para o cuidado com a saúde.
O que é o câncer de mama
Enfermidade causada pela multiplicação anormal das células mamárias, que formam um tumor maligno com potencial de invadir outros tecidos do corpo.
Ele pode surgir tanto nos ductos (canais que conduzem o leite) quanto nos lóbulos (glândulas produtoras do líquido). Quando identificado precocemente, as chances de sucesso no tratamento aumentam consideravelmente.

5 subtipos de câncer de mama
São classificados de acordo com suas características celulares e resposta a determinadas intervenções. Conhecer essas diferenças é fundamental para definir a conduta médica mais adequada.
Carcinoma ductal invasivo
É o mais comum e se origina nos ductos mamários, podendo se espalhar para os tecidos ao redor. Costuma ser detectado em mamografias de rotina e tende a apresentar bom prognóstico quando identificado precocemente.
Carcinoma lobular invasivo
Começa nos lóbulos e tem maior tendência a ocorrer de forma bilateral (atingindo ambas as mamas). Pode ser mais difícil de detectar no exame clínico e por imagem.
Carcinoma inflamatório
Trata-se de uma forma rara e agressiva, com crescimento rápido. Os sintomas incluem vermelhidão, inchaço, dor e aspecto de casca de laranja na pele. Às vezes é confundido com mastite (inflamação da mama), o que pode atrasar o diagnóstico correto.
Câncer de mama HER2 positivo
Caracteriza-se pela superexpressão da proteína HER2, que estimula o crescimento das células tumorais. Embora tenha comportamento agressivo, responde bem a medicamentos específicos como o trastuzumabe.
Câncer de mama triplo negativo
Esse subtipo não apresenta receptores de estrogênio, progesterona ou HER2, por isso, não responde à hormonioterapia nem a terapias-alvo, tornando o tratamento mais limitado. É mais frequente em mulheres jovens e pode evoluir criticamente.
Principais sintomas do câncer de mama
- presença de nódulo endurecido e fixo nos seios, geralmente indolor;
- inchaço em parte da mama;
- alteração na textura da pele, como vermelhidão ou aspecto de “casca de laranja”;
- secreção anormal pelo bico, especialmente sanguinolenta;
- retração do mamilo;
- caroços na axila (linfonodos aumentados).
Vale destacar que nem todo nódulo que dói ao apertar é indicativo da condição. Em muitos casos, essas alterações são benignas, como fibroadenomas ou cistos. Ainda assim, qualquer mudança deve ser avaliada por um profissional — seja um ginecologista ou um mastologista.
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Principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer
- histórico familiar de câncer de mama ou ovário;
- envelhecimento;
- primeira menstruação antes dos 12 anos e menopausa após os 55;
- não ter tido filhos ou ter o primeiro após os 30 anos;
- uso prolongado de hormônios (como anticoncepcionais);
- obesidade e sedentarismo;
- consumo frequente de álcool.
Alterações genéticas, como mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, também estão associadas ao risco aumentado, conforme evidenciado em uma revisão de estudos publicada no periódico Arquivos Brasileiros de Cardiologia.
Exames realizados para o diagnóstico do câncer de mama
De acordo com as Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil, elaboradas pelo INCA, os mais utilizados para o diagnóstico são:
- mamografia (recomendado para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos; detecta lesões antes mesmo de se tornarem palpáveis);
- ultrassonografia mamária (indicada como complemento em casos específicos);
- ressonância magnética (usada em pacientes com alto risco genético);
- biópsia.
E o autoexame?
O autoexame da mama não é mais recomendado como estratégia de rastreamento, segundo as diretrizes. No entanto, conhecer o próprio corpo pode facilitar a identificação de mudanças suspeitas.
Para realizá-lo corretamente é preciso:
- estar em frente ao espelho, em pé durante o banho ou deitada;
- observar visualmente, buscando por alterações como retrações, vermelhidão, secreções ou assimetrias;
- com a ponta dos dedos, fazer movimentos circulares suaves por todo o contorno, percorrendo também a região das axilas (com o braço levantado para facilitar a palpação em toda a extensão lateral).
Ao perceber qualquer questão suspeita, procurar um profissional de saúde para uma avaliação adequada e mais minuciosa.rar um profissional de saúde para uma avaliação adequada e mais minuciosa.
Câncer de mama em mulheres jovens
Apesar de mais comum acima dos 50 anos, o câncer de mama também acomete jovens. Um estudo publicado na revista Enfermagem Brasil analisou 50 mulheres com diagnóstico confirmado, atendidas por uma ONG na cidade de João Pessoa (PB), e metade estava na faixa etária de 31 a 35 anos.
Entre os principais fatores associados ao desenvolvimento da enfermidade estavam: menarca precoce (entre 11 e 15 anos), ausência de gravidez e amamentação, uso de contraceptivos orais e consumo frequente de alimentos gordurosos.
Além disso, muitas delas não haviam realizado métodos preventivos, o que pode ter contribuído para o avanço.
Casos em pessoas novas costumam ser mais agressivos e têm chances menores de serem detectados cedo, tornando ainda mais importante a atenção às manifestações e a avaliação médica ao menor sinal de alteração.
Câncer de mama em homens é muito raro
Tumores mamários na população masculina correspondem a cerca de 1% dos registros da condição. E a idade média dos indivíduos é de 71 anos (10 anos a mais que no público feminino), segundo dados de um estudo publicado no periódico Brazilian Journal of Health Review.
Nódulo retroareolar (atrás do mamilo), dor mamária, retração do mamilo e saída de secreção são os principais sintomas e a menor quantidade de tecido no local facilita a percepção do tumor.
Porém, a falta de conhecimento sobre a possibilidade do quadro gera atrasos na busca por atendimento, reforçando a importância da conscientização.
Para o rastreio, são utilizados os mesmos exames em ambos os sexos e os protocolos terapêuticos também são similares.
Tratamentos disponíveis e avanços mais modernos
Tudo depende do estágio, do subtipo identificado e do estado clínico da paciente. Nos últimos anos, avanços significativos vêm sendo incorporados, como as imunoterapias e os inibidores de CDK4/6, oferecendo novas perspectivas, especialmente em situações metastáticas ou de difícil controle.
As abordagens podem ser combinadas para maior eficácia. Entre as mais comuns estão:
Cirurgia
Visa remover o tumor e, em alguns casos, toda a mama (mastectomia). Procedimentos conservadores são preferidos quando é pequeno e localizado.
Quimioterapia
Uso de medicamentos que atacam as células cancerígenas, podendo ser recomendada antes (neoadjuvante) ou após (adjuvante) à operação.
Radioterapia
Utiliza radiação para destruir células tumorais remanescentes, geralmente após o procedimento cirúrgico.
Hormonioterapia
Indicada para tumores com receptores hormonais, pois ajuda a bloquear o crescimento do câncer.
Terapias-alvo
Fármacos, como o trastuzumabe, que atacam proteínas específicas das células tumorais – a exemplo do HER2 positivo.
Qualidade de vida durante o tratamento é essencial
Algumas estratégias importantes durante o tratamento do câncer de mama para manter o bem-estar da paciente incluem:
- prática de exercícios físicos supervisionados, que auxiliam na redução da fadiga, no controle do peso e na melhora do humor;
- alimentação equilibrada e adaptada, orientada por nutricionista, que contribui para o fortalecimento do sistema imunológico e manutenção da energia;
- acompanhamento psicológico, fundamental para lidar com o impacto emocional do diagnóstico e dos processos terapêuticos;
- redes de apoio, como grupos de pacientes ou familiares, que ajudam a enfrentar os desafios cotidianos;
- atenção aos efeitos colaterais, com acompanhamento médico constante para ajustes que proporcionam maior conforto.
O cuidado integral, com foco na saúde física, mental e social, pode melhorar os resultados terapêuticos e reduzir o risco de complicações a longo prazo.

Diagnóstico precoce é fundamental para a chance de cura
Quando o câncer é identificado em estágios iniciais, as chances de cura podem ultrapassar 90%, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
Nesses casos, há maior possibilidade de utilizar terapias menos invasivas, com menores efeitos colaterais e maior preservação da mama. Além disso, o tempo de recuperação costuma ser mais curto e o impacto na qualidade de vida é significativamente reduzido.
Como prevenir o câncer de mama
Nem todos os casos podem ser evitados, mas é possível adotar medidas que ajudam a reduzir os riscos. A prevenção pode ser dividida em dois pilares:
Prevenção primária
Hábitos saudáveis que diminuem as probabilidades de desenvolvimento:
- manter uma alimentação equilibrada, rica em vegetais, frutas e grãos integrais;
- praticar atividade física regular, pelo menos 150 minutos por semana;
- controlar o peso corporal;
- não consumir bebidas alcoólicas em excesso e abandonar o tabagismo;
- avaliar, com orientação médica, o uso prolongado de hormônios.
Prevenção secundária
Check-ups e rastreamentos que permitem encontrar sinais ainda iniciais:
- realizar mamografias periódicas, conforme recomendação médica, especialmente entre 50 e 69 anos;
- ficar atenta a alterações suspeitas e buscar atendimento diante de sintomas persistentes.
Mulheres com histórico familiar devem conversar com profissionais especializados sobre estratégias personalizadas. Mas, em geral, a combinação de estilo de vida com acompanhamento médico é a mais eficiente para proteger a saúde das mamas.
Fontes:
[…] http://34.23.102.222/cancer-de-mama-sintomas-prevencao-e-tratamento/ […]
Estou sentindo um latejamento e queimando ao mesmo tempo na lateral da mama esquerda refletindo para a axila esquerda . Mas aparentemente olhando no espelho estão tudo normal não apresentando nenhuma alteração física. Estou com náusea leve ,falta de apetite e tonturas. Estou muito preocupada …….
Olá, boa tarde! Para ter um diagnóstico e / ou orientações é preciso consultar um especialista, em avaliação na consulta médica. Para marcar uma consulta com a gente você pode entrar em contato com uma central de atendimento pelo fone 4090-1510 ou pelo site http://www.drconsulta.com . Obrigado, abraço!
Tenho sentido dor no seio esquerdo e no braço esquerdo, e sinto alguns nódulos mais visualmente esta normal tamanho e cor. Tenho 38 anos e nunca fiz mamografia.
Olá! Consulte um especialista para analise desses sintomas, é muito importante se cuidar
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Sinto dor no seio esquerdo e já foi diagnosticado um pequeno nódulo, é normal sentir dor, sempre dolorida
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