Ansiedade e outros quadros que deixam o coração acelerado

O aumento da velocidade dos batimentos cardíacos é uma sensação assustadora, mas ela nem sempre está ligada a disfunções que afetam o órgão. Transtornos mentais, por exemplo, também podem desencadear o sintoma.
O conteúdo a seguir lista algumas condições que aceleram o ritmo do coração e quando é hora de procurar um auxílio médico.
8 situações que podem deixar o coração acelerado
Diversos quadros físicos e emocionais, bem como certas circunstâncias do cotidiano, podem causar taquicardia (nome dado à elevação da frequência cardíaca). Abaixo, estão as principais:
- ansiedade;
- estresse crônico;
- consumo excessivo de cafeína;
- hipotireoidismo;
- desidratação;
- hipoglicemia;
- intoxicação por medicamentos;
- atividade física intensa.
1. Ansiedade
Entre os sintomas comuns que caracterizam esse transtorno mental está o aumento dos batimentos cardíacos, segundo a Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade. Outros sinais que podem acompanhá-lo são:
- suor excessivo;
- tremores;
- boca seca;
- insônia;
- medo constante.
Em crises de ansiedade ou ataques de pânico, a sensação de coração acelerado pode durar de alguns minutos a horas. Um acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico é fundamental para amenizar esses efeitos.
2. Estresse crônico
De acordo com a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o estresse prolongado pode manter os níveis de adrenalina elevados, o que, consequentemente, provoca taquicardia e o aumento da pressão arterial.
Esse cenário gera um risco maior de infartos e de acidente vascular cerebral (AVC). Por isso, o recomendado é buscar manejá-lo e cuidar da saúde mental.
3. Consumo excessivo de cafeína
A substância é um estimulante natural amplamente consumido para melhorar o raciocínio e a memória.
No entanto, seu excesso pode levar à dependência, causar ansiedade e ainda provocar arritmias, segundo a Associação Paulista de Medicina (APM).
Isso porque a cafeína estimula a liberação de adrenalina, que acelera a frequência cardíaca. Assim, sua ingestão deve ser moderada.
4. Hipertireoidismo
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) aponta que pessoas com essa condição costumam apresentar batimentos acima de 100 bpm, pois a tireoide produz hormônios em excesso, acelerando o metabolismo e o coração.
5. Desidratação
A falta de líquidos no organismo, seja por baixa ingestão de água, vômito ou diarreia, é um fator que influencia no ritmo cardíaco.
Além disso, segundo a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sintomas como tontura e confusão mental também podem estar presentes, exigindo um atendimento médico.
6. Hipoglicemia
Uma das reações à queda dos níveis de glicose no sangue é a produção de adrenalina, como explica a Sociedade Brasileira de Diabetes.
Manter uma alimentação equilibrada ajuda a evitar o quadro. Já no caso de diabetes, é necessário que o paciente esteja atento aos demais cuidados e ao controle das taxas.
7. Intoxicação por medicamentos
De acordo com a Secretaria de Saúde do Paraná, os remédios são a principal causa de intoxicação em seres humanos no Brasil, especialmente ansiolíticos, anticonvulsivantes e descongestionantes. Um dos efeitos adversos pode ser o aumento dos batimentos cardíacos.
Por isso, é fundamental não ingerir medicamentos sem prescrição médica e, quando a tiver, seguir as orientações descritas pelo profissional.
8. Atividade física intensa
Praticar exercícios é essencial para a saúde, mas, dependendo do esforço exigido, pode fazer com que o coração bata mais rápido para bombear sangue e oxigênio ao corpo.
O Guia de Atividade Física para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, classifica a intensidade da atividade como:
- leve: aumenta pouco a frequência cardíaca, permitindo respirar e conversar normalmente enquanto se movimenta;
- moderada: acelera um pouco mais e falar se torna difícil;
- vigorosa: eleva bem os batimentos, deixando a pessoa ofegante.
Quando procurar um médico?
Se a taquicardia vier acompanhada de dor no peito, tontura intensa, falta de ar ou desmaio, é crucial buscar auxílio médico imediatamente.
Caso os episódios sejam frequentes ou persistentes, uma avaliação cardiológica pode ser necessária para investigar as causas.
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Como controlar o coração acelerado?
Dependendo da origem, algumas estratégias podem ajudar a reduzir os batimentos cardíacos:
- respiração profunda;
- evitar cafeína e estimulantes;
- manter o estresse controlado;
- praticar exercícios físicos de forma leve ou moderada (e, quando intensa, com supervisão);
- hidratar-se adequadamente.
Porém, é importante observar a frequência dos episódios e buscar orientação profissional para um diagnóstico adequado. Esses cuidados ajudam a garantir a saúde cardiovascular.
Fontes: