Quais são os efeitos do exercício físico para o nosso corpo?
Movimentar o corpo é uma das principais recomendações quando pensamos em cuidados com a saúde. Isso acontece porque os efeitos do exercício físico envolvem fortalecimento muscular, ósseo, melhora da qualidade do sono, entre outros vários benefícios.
No entanto, apesar das vantagens, a pesquisa de Saúde e Trabalho, feita pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), revelou que 52% dos brasileiros ainda não praticam nenhuma atividade.
Para mudar essa situação, o Ministério da Saúde (MS), junto com técnicos da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), elaborou o Guia de Atividade Física para a População Brasileira, que reúne dicas sobre os efeitos dessa prática nas mais diversas faixas etárias.
Quer entender mais sobre esse assunto e ter mais motivação para sair do sedentarismo? Então, continue acompanhando o conteúdo.
Efeitos do exercício físico no corpo humano
As respostas do corpo aos exercícios físicos impactam diretamente no bem-estar, pois, ao nos movimentarmos, todo o organismo atua na liberação de hormônios, na ativação de órgãos e nos estímulos aos tecidos.
Os efeitos desse hábito também colaboram com:
- Redução do estresse e alívio dos sintomas da ansiedade e depressão: a prática de alguma atividade aumenta a produção de serotonina, responsável pela regulagem do ritmo cardíaco, apetite, humor e memória, causando efeitos antiestresse.
- Melhora da qualidade do sono: a serotonina também está relacionada com o estímulo à produção de outro importante neurotransmissor, a melatonina – hormônio que estimula um sono mais reparador e mais profundo, o que resulta em melhora da saúde física e psicológica.
- Mudanças estéticas: a redução de gorduras localizadas e ganho de massa magra, ou seja, músculos, também podem ser notados.
- Longevidade: os efeitos do exercício físico no sistema cardiovascular ajudam a prevenir doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como a diabetes e a hipertensão, que costumam afetar mais as pessoas a partir dos 50 anos.
- Alívio de dores: a realização de exercícios libera também endorfina, que age como um analgésico no sistema nervoso.
- Fortalecimento dos ossos: não são apenas os músculos que se fortalecem, os ossos também! Isso contribui para evitar a osteoporose, patologia que gera perda de massa óssea e riscos de fraturas.
No organismo
Além desses sinais gerais, tanto órgãos quanto tecidos específicos são impactados positivamente com a incorporação de uma rotina mais ativa. Vamos a eles:
Vasos sanguíneos
Em constante movimento, o corpo poderá produzir novos pequenos vasos, o que ajudará na boa circulação do sangue e distribuição de oxigênio e nutrientes.
Além disso, são menores os riscos de acúmulo de placas de gordura nas artérias, o que pode interromper a chegada do sangue aos órgãos vitais, como coração e cérebro, gerando infarto e acidente vascular cerebral (AVC), respectivamente.
Cérebro
As atividades físicas ajudam na plasticidade do órgão, ou seja, em sua capacidade de regeneração, especialmente em casos de estresse, e também na manutenção das funções neurais.
Dessa forma, há uma melhora na condição cognitiva e possibilidade de prevenção de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson.
Os pulmões também ganham com os efeitos do exercício físico
Certos treinos exigem bastante das funções pulmonares e isso faz com que os músculos da região sejam fortalecidos, melhorando as condições de respiração.
As pessoas com doenças pulmonares crônicas, como asma e bronquite, também ganham mais saúde respiratória. Porém, nesses casos, é preciso orientação de um médico pneumologista.
Coração
O grande protagonista quando o assunto é atividade física é o coração. Afinal, esse órgão também é composto por músculos que precisam ser fortalecidos.
Isso sem esquecer das vantagens na circulação sanguínea, com a prevenção da aterosclerose (acúmulo de placas de gordura) e de coágulos de sangue, além da manutenção de uma pressão arterial adequada e bons níveis de glicose.
Benefícios para as crianças e adolescentes
Os bons efeitos do exercício físico estão presentes desde os primeiros anos de vida e contribuem para o desenvolvimento do corpo, da psique e do convívio social, já que:
- melhoram a socialização;
- auxiliam no desenvolvimento de habilidades motoras, como correr e saltar;
- reduzem o tempo de telas (computador, tablet, celular e videogame, por exemplo);
- previnem a obesidade infantil.
Por isso, é válido inserir as crianças, principalmente a partir dos 6 anos de idade, em esportes que as mantenham em contato com outras pessoas, como futebol, vôlei, natação e dança.
O mais adequado, segundo o Ministério da Saúde (MS), é 60 minutos de prática diária, incluindo brincadeiras que precisam de movimentação. Porém, antes de iniciar, é fundamental uma avaliação médica completa, seja com o clínico geral ou com o pediatra.
Benefícios para os adultos
De acordo com o Guia de Atividade Física para a População Brasileira, proposto pelo MS, pessoas adultas devem praticar, ao menos, 150 minutos semanais de exercícios moderados ou 75 minutos semanais de exercícios vigorosos.
As opções para isso são várias e vão desde o treino na academia a alguns esportes, como corrida, ciclismo, caminhada, natação e hidroginástica.
Outro ponto interessante é manter-se ativo no cotidiano, optando por usar as escadas ao invés do elevador ou andar pelo seu bairro a pé, por exemplo.
Contudo, assim como no caso das pessoas mais jovens, a assistência médica com clínico geral, cardiologista ou ortopedista é necessária para evitar qualquer complicação antes de começar novas modalidades.
Benefícios para os idosos
Pessoas idosas podem e devem movimentar o corpo.
Os efeitos do exercício físico nessa faixa etária envolvem:
- redução dos riscos de doenças cardiovasculares;
- prevenção de enfermidades neurodegenerativas;
- fortalecimento dos ossos;
- melhora na coordenação motora (essencial para prevenir quedas), etc.
Além disso, as práticas podem promover maior socialização e preservação da independência do idoso, além de bem-estar psicológico.
Quanto às indicações de duração, a orientação é a mesma destinada aos demais adultos: 150 minutos semanais (moderadas) ou 60 minutos (vigorosas).
Nestes casos, os médicos também são aliados. É importante consultar o clínico geral, ortopedista e cardiologista, assim como o especialista nos cuidados na terceira idade, o geriatra.
Com o dr.consulta, inclusive, é possível ter a assistência de todas essas especialidades mencionadas, além do acompanhamento garantido por meio do Cartão dr.consulta com descontos em exames e consultas para até 4 dependentes.
Atividade física e sua relação com quadros psíquicos
Não é apenas a saúde física que ganha em todo esse contexto. A mente também é favorecida quando estimulamos o corpo.
Um estudo da Universidade Federal Fluminense (UFF), por exemplo, mostrou que a movimentação constante pode ser utilizada como complemento nos tratamentos da depressão moderada ou grave, em qualquer gênero ou idade.
Outro teste realizado pela Translational Psychiatry avaliou pessoas depressivas que praticaram meditação e exercícios aeróbicos por oito semanas. Os pesquisadores notaram retornos positivos: sentimentos mais equilibrados, sensação de conforto, alegria e entusiasmo diante da vida.
Claro que o acompanhamento com os profissionais de Psicologia e Psiquiatria continuam sendo necessários, mas os exercícios também podem ser grandes aliados no tratamento.
Por que a regularidade é importante?
A constância faz com que o corpo se acostume e, gradualmente, altere as composições dos músculos e tecido adiposo, melhorando o condicionamento físico e diminuindo dores.
Ao parar com o hábito, porém, modificações no organismo podem ser notadas, como: desorganização da homeostase metabólica, disfunção em alguns hormônios, redução da quebra das células de gordura e acúmulo delas nos órgãos internos.
Como manter esse hábito?
Ter uma rotina mais ativa nem sempre é fácil, porém, existem certas táticas que colaboram com a frequência até que isso se torne um hábito. Acompanhe:
Crie um ambiente propício
Exercitar-se não precisa ser uma obrigação. É possível transformar esse momento em algo prazeroso, especialmente na companhia de amigos ou familiares.
Além disso, a escolha de um local agradável, tanto uma academia que você goste ou um espaço aberto, como parques, pode gerar mais ânimo para construir uma regularidade.
Encontre uma modalidade que te dê prazer
Optar por algo desinteressante é a chave para desistir rapidamente. Portanto, procure e experimente várias modalidades.
Você pode:
- Andar de bicicleta na rua de casa, ouvindo um podcast;
- Pular 10,20 ou 30 cordas por dia, ouvindo música;
- Tentar aprender uma coreografia que está viralizando na internet;
- Caminhar ouvindo sons de meditação;
- Correr ao ar livre e sentir o vento batendo no rosto.
Cuidado com a autocobrança
Outro ponto fundamental é ser gentil consigo mesmo e ter cuidado com a autocobrança. É normal não ter um super desempenho naquele período em que não está se sentindo bem. O importante é manter o foco e fazer um pouco todos os dias.
Faça pequenas metas
Ter metas é algo que nos impulsiona a seguir em frente, afinal, a sensação de conquistar algo é gratificante! Mas tenha cuidado com as metas muito desafiadoras no primeiro momento.
Se você ainda não se movimenta, coloque como meta fazer isso 3 vezes na semana inicialmente. Depois, evolua para a semana toda, por exemplo.
Se possível, busque profissionais capacitados
Caso exista a possibilidade, procure por profissionais capacitados, como os especialistas da educação física, para um acompanhamento mais próximo e personalizado.
Além dos médicos que mencionamos anteriormente, também conte com a ajuda de um nutrólogo, que irá cuidar e adaptar a sua alimentação para o novo estilo de vida.
Lembre-se que, no geral, para sentir os bons efeitos do exercício físico, avaliações médicas e check ups são sempre relevantes.
Com o dr.consulta, esse processo fica mais fácil. O agendamento de consultas com mais de 60 áreas de atuação médica pode ser realizado pelo site de forma rápida e fácil, pensando no bem-estar e saúde multidisciplinar. Aproveite!
Fontes:
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