Conheça os 7 principais sintomas da depressão

A estimativa da Organização Pan-Americana de Saúde é que mais de 300 milhões de indivíduos no mundo sofram com os sintomas da depressão e com as consequências da condição – o que a torna a principal causa de incapacidade global.
Conhecer o que leva a esse estado e saber a que tipo de suporte médico recorrer, pode promover o alívio e o bem-estar necessários.
Depressão vai muito além da tristeza
A depressão (classificada na Classificação Internacional de Doenças – CID – pelo código F32 para episódios depressivos e F33 para transtorno depressivo recorrente) é uma condição que causa no corpo a desregulação na produção e receptação de neurotransmissores no sistema nervoso central (SNC).
A serotonina, a dopamina e a noradrenalina são algumas das substâncias responsáveis pelos sentimentos de bem-estar, felicidade, disposição, prazer e serenidade.
Quando há um desequilíbrio dessas substâncias, ocorre uma desregulação hormonal e, então, certos sintomas da depressão podem surgir. No início, é comum sentir insônia, tristeza, ansiedade, pessimismo e falta de motivação. Se não tratada, ela pode evoluir, causando indícios físicos como dores inexplicáveis, tremor no corpo e alterações no apetite.
Além disso, a depressão não se manifesta de maneira única para todas as pessoas. Existem diferentes subtipos, como a depressão atípica (também conhecida como “sorridente”), na qual a pessoa pode manter uma aparência funcional e até demonstrar momentos de alegria, mas internamente lida com sintomas profundos da doença.
Quanto aos fatores de risco, incluem normalmente: predisposição genética, alterações nos neurotransmissores, traumas, perdas, conflitos familiares, condições médicas, estresse crônico e dependência de substâncias.
Por esse motivo, é extremamente importante procurar ajuda médica quando alguns sinais são percebidos, pois existe tratamento efetivo para combater esse transtorno.
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Os 7 sintomas da depressão para ficar de olho
Por ser um transtorno mental complexo, pode se manifestar de diversas formas, causando um mal-estar geral:
- perda de interesse nas atividades cotidianas e passatempos;
- dificuldade de concentração e cansaço constante;
- indiferença ao afeto;
- oscilação de humor;
- choro frequente e tristeza profunda;
- alterações no sono e no apetite;
- sensação de inutilidade e baixa autoestima.
1. Perda de interesse nas atividades cotidianas e passatempos
Uma pessoa deprimida frequentemente perde o interesse e a vontade de fazer coisas que antes eram prazerosas. E isso inclui desde hobbies individuais, como pintar, tocar um instrumento ou ler um livro, até interações sociais.
Conforme se agrava, a depressão pode afetar tanto o bem-estar mental quanto físico, tornando até mesmo as tarefas agradáveis menos satisfatórias.
2. Dificuldade de concentração e cansaço constante
Um paciente com sintomas da depressão geralmente sente um cansaço tão grande que não consegue sair do quarto e não tem força de vontade para atividades comuns, como tomar banho ou se alimentar, sentindo apenas vontade de ficar deitado ou de não fazer absolutamente nada.
Além disso, sente normalmente mais dificuldade em se concentrar no trabalho ou na escola, tornando as atividades que exigem foco, mais desafiadoras.
Entretanto, existem casos em que o indivíduo até aparenta um estado emocional equilibrado, mas, na verdade, está mentalmente exausto. É por isso que se não houver um diagnóstico, não saberá o que cansaço extremo significa.
3. Indiferença ao afeto
Nem sempre a depressão se manifesta como tristeza evidente. Determinadas pessoas experimentam um estado de apatia (redução de interesse ou motivação, até não sentir nada), onde emoções parecem “adormecidas” – que pode levar a uma indiferença a gestos de carinho ou acontecimentos importantes.
Esse é um sinal de alerta, principalmente para aquelas que sempre foram carinhosas e atenciosas com amigos e familiares.
As consultas regulares com psicólogo ou psiquiatra avalia o quadro, identifica possíveis causas e definie as intervenções a nível individual, como a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), muito usada na psicologia:
4. Oscilação de humor
A depressão pode causar alternância entre períodos de maior disposição e momentos de desânimo, sem uma razão aparente. Também é comum ocorrer episódios de raiva, irritação e impaciência, principalmente devido ao cansaço acumulado.
Por outro lado, em certos momentos, a pessoa pode demonstrar apatia profunda, sem reação a estímulos externos. Portanto, as mudanças frequentes de humor ou “confusão com os sentimentos” são outro indicativo da condição.
5. Choro frequente e tristeza profunda
Vontade de chorar sem um motivo claro pode ser um sinal de depressão, mas é preciso lembrar que nem todas as pessoas deprimidas choram. Em alguns casos, a tristeza se manifesta como desesperança, sensação de inutilidade ou culpa excessiva.
Essas sensações demonstram uma apatia e a pessoa se sente culpada por tudo de negativo que acontece em sua vida. Nesse estado, não é possível enxergar nenhum lado positivo. Frases como ‘’ninguém se importa’’ ou ‘’a culpa é sempre minha’’ devem ser observados com atenção.
6. Alterações no sono e no apetite
Alguns indivíduos sofrem de insônia ou insônia noturna, acordando várias vezes durante a noite ou tendo dificuldade para pegar no sono, enquanto outros dormem em excesso, tendo no sono excessivo uma forma de escapar da realidade.
Da mesma forma, o apetite também muda: existem exemplos onde se perde completamente a vontade de comer (o que pode até causar fraqueza e fadiga) e aqueles de compulsões alimentares.
7. Sensação de inutilidade e baixa autoestima
Pessoas com depressão costumam ter entre os sintomas pensamentos autodepreciativos, sentindo-se incapazes, inadequadas ou “sem valor”. Além disso, existe uma incapacidade de enxergar as próprias qualidades e conquistas – mesmo que sejam reconhecidas por outros.
Como diferenciar os sintomas de depressão, esgotamento e ansiedade?
Embora possam coexistir, os sintomas apresentam diferenças. Na ansiedade, a preocupação elevada e os pensamentos acelerados são mais frequentes, enquanto na depressão predominam a apatia e a perda de energia.
Já o esgotamento (ou burnout) se manifesta como um cansaço extremo, tanto físico quanto mental, geralmente associado ao excesso de demandas e estresse prolongado.
A depressão durante a gravidez: o que observar?
O período gestacional é marcado por muitas mudanças hormonais e emocionais que podem ser associadas depressão pós-parto. A dificuldade em criar vínculo com o bebê, a melancolia constante e a insônia exigem um diagnóstico e acompanhamento mais próximo com psicólogos ou psiquiatras.
4 maneiras de aliviar os sintomas da depressão
O tratamento deve ser individualizado e orientado por um profissional de saúde, mas, geralmente, engloba:
- psicoterapia, pois ajuda a compreender e enfrentar os desafios emocionais;
- medicamentos como antidepressivos para equilibrar os níveis de neurotransmissores;
- mudanças no estilo de vida, a partir de uma alimentação mais balanceada, da prática de exercícios físicos regulares e do sono adequado, por exemplo;
- rede ou sistemas de apoio, como o Centro de Valorização à Vida (CVV) que oferecem atendimento gratuito e sigiloso pelo telefone 188.
Mesmo não tendo cura, a depressão é tratável e os pacientes podem viver com mais qualidade de vida, ao aprender a lidar com os sintomas e suas consequências, prezando o bem-estar físico, emocional e mental, na medida do possível.
Fontes:
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