Diabetes tipo 2: o que é e quais são as particularidades?
A diabetes é uma das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) mais comum no Brasil. Nesse cenário, o tipo 2 é responsável por mais de 90% dos casos dessa condição, segundo o Ministério da Saúde (MS).
Pessoas portadoras dessa patologia precisam reduzir a ingestão de glicose — presente em doces, sucos, biscoitos, refrigerantes, entre outras coisas — tornando a alimentação saudável aliada do diabético.
Acompanhe o post para saber mais sobre a diabetes tipo 2 e suas particularidades.
O que é diabetes tipo 2?
A transformação da glicose é a principal estratégia do organismo humano para obtenção de energia.
A diabetes tipo 2 é uma doença que altera as condições que o organismo utiliza normalmente para realizar essa conversão — e o resultado é um perigoso acúmulo de açúcar no sangue.
Isso ocorre porque o pâncreas até produz insulina — diferente da diabetes tipo 1. No entanto, duas situações opostas podem ocorrer: ou a quantidade de insulina produzida é menor que a necessária, ou o organismo apresenta uma resistência à ação do hormônio.
Em qualquer um dos casos, a glicose não é transportada para o interior da célula e, por isso, se concentra no sangue.
Quais são os fatores de risco?
A diabetes tipo 2 pode se manifestar em qualquer um. No entanto, existem alguns fatores de risco que predispõem essas pessoas à doença. Alguns desses fatores são:
- histórico familiar da doença;
- sobrepeso e obesidade;
- idade acima de 45 anos;
- sedentarismo;
- diabetes gestacional;
- hipertensão arterial;
- triglicerídeos elevados no sangue.
É possível prevenir?
Apesar do histórico familiar e da idade serem fatores para o desenvolvimento da doença, é possível prevenir ou retardar o aparecimento da diabetes tipo 2 com algumas medidas simples, como:
- praticar atividades físicas regularmente;
- evitar o consumo excessivo de açúcar e carboidratos refinados;
- preferir alimentos integrais, frutas, verduras e legumes;
- controlar o estresse;
- não fumar;
- fazer exames periódicos para verificar os níveis de glicose no sangue.
Principais sintomas da diabetes tipo 2
De modo geral, os sintomas da diabetes tipo 2 se manifestam de forma gradativa, a ponto de passarem despercebidos durante anos. Por essa razão, é muito importante a realização periódica de exames, a fim de diagnosticar precocemente a doença.
Dentre os principais sintomas, podem ser citados:
- sede intensa;
- frequentes idas ao banheiro;
- visão turva súbita;
- pele seca;
- fome aumentada;
- perda de peso;
- difícil cicatrização das feridas;
- infecções vaginais constantes.
Se percebeu um ou mais desses sintomas, procure um clínico geral. Ele fará a avaliação e, se necessário, te encaminhará para o endocrinologista — especialista responsável no tratamento de pacientes com diabetes, entre outras condições.
Como é feito o diagnóstico?
Para saber se você tem diabetes tipo 2, é preciso fazer alguns exames que medem o nível de glicose no seu organismo.
Os principais testes são:
- glicemia de jejum: mede a quantidade de glicose no sangue depois de ficar pelo menos 8 horas sem comer. É um exame simples e rápido;
- hemoglobina glicada: mede a porcentagem de hemoglobina (uma proteína do sangue) que está ligada à glicose. Ele vai refletir o controle da glicose nos últimos 2 ou 3 meses, pois a hemoglobina tem uma vida média de 120 dias;
- Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG): mede a quantidade de glicose no sangue antes e depois de tomar uma bebida com 75 g de glicose. É um exame que avalia como o organismo reage à sobrecarga de glicose e se há resistência à insulina.
O médico pode solicitar um ou mais desses exames, dependendo dos seus sintomas, fatores de risco e histórico familiar.
Tratamentos disponíveis
O principal objetivo dos tratamentos disponíveis para a diabetes tipo 2 é a redução dos níveis de glicose no sangue e sua consequente manutenção. Para tanto, é preciso adotar alguns cuidados e hábitos ao longo de toda a vida:
Atividades físicas
O portador de diabetes tipo 2 deve promover a metabolização e a queima regular dos carboidratos ingeridos, a fim de não acumular açúcar no sangue. Portanto, é preciso ter o hábito de se exercitar regularmente.
Caminhadas leves, musculação, pilates — são várias as opções para manter a saúde e também diminuir o nível de estresse e ansiedade. Lembrando ainda que é indicado o acompanhamento de um profissional de educação física para evitar lesões.
Alimentação saudável
Não existe uma dieta para diabéticos, mas sim hábitos de alimentação saudável com o objetivo de reduzir o consumo de açúcares (carboidratos em geral) e gorduras. Além do cuidado com os alimentos, é preciso se hidratar frequentemente e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas.
Em muitos casos, a simples mudança de hábitos pode ser suficiente para o correto controle da doença. Em outras situações, o médico poderá prescrever alguma medicação ou até mesmo a aplicação de insulina.
Acompanhamento médico
Como mencionado, o acompanhamento com endocrinologista é essencial para o controle da diabetes tipo 2. O médico pode avaliar a evolução da doença, solicitar exames periódicos e prescrever ou ajustar as doses dos medicamentos.
Além desse especialista, outros profissionais podem fazer parte da equipe multidisciplinar que cuida do paciente, como o nutricionista.
Com o Cartão dr.consulta é possível agendar consultas com essas especialidades pagando mais barato. Além disso, com o benefício você também tem descontos em exames, compra de medicamentos em farmácias parceiras, e ainda pode adicionar mais 4 dependentes.
Esse é o Cartão de todos que querem cuidar da própria saúde, além de estender o cuidado a pessoas próximas.
Complicações do diabetes tipo 2
Se não for tratada adequadamente, a diabetes tipo 2 pode desenvolver outras condições que também impactam a saúde e a qualidade de vida das pessoas. Algumas das complicações são:
- doenças cardiovasculares: podem afetar o coração e os vasos sanguíneos, causando infarto, angina ou AVC;
- doenças renais: podem comprometer o funcionamento dos rins, levando à nefropatia diabética ou à insuficiência renal. Essas doenças podem exigir tratamentos como hemodiálise ou transplante renal;
- doenças oculares: podem prejudicar a visão e causar cegueira. As principais são retinopatia diabética, catarata e glaucoma. Por isso, é importante fazer exames oftalmológicos regularmente;
- doenças nervosas: podem afetar os nervos periféricos e causar dor, formigamento ou dormência nas mãos, ou pés. Essas alterações podem levar ao pé diabético, uma condição que pode causar feridas, infecções ou até amputações.
E quais são os outros tipos de diabetes?
Além do tipo 2, existem outros tipos de diabetes que também afetam o metabolismo da glicose. Os principais são:
- diabetes tipo 1: ocorre quando o sistema imunológico ataca as células do pâncreas que produzem insulina. É uma doença autoimune que geralmente se manifesta na infância ou adolescência. O tratamento requer o uso diário de insulina;
- diabetes gestacional: ocorre quando a mulher grávida apresenta níveis elevados de glicose no sangue, mesmo sem ter histórico de diabetes. Pode causar complicações para a mãe e o bebê, como pré-eclâmpsia, parto prematuro e macrossomia fetal. O tratamento envolve o controle da dieta, da atividade física e, em alguns casos, o uso de insulina;
- pré-diabetes: ocorre quando os níveis de glicose no sangue estão acima do normal, mas ainda não são suficientes para caracterizar a diabetes. É um sinal de alerta para o risco de desenvolver a doença no futuro. O tratamento consiste em mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável, perda de peso e exercícios físicos.
Como o desenvolvimento da diabetes tipo 2 está ligada a vários fatores, é importante sempre estar sempre atento. Cultive hábitos saudáveis e conte com o dr.consulta para cuidar da sua saúde e bem-estar também como forma preventiva!
Fontes:
[…] do diabetes tipo 2: Depois da cirurgia, muitos pacientes conseguem equilibrar o nível de glicemia e mantê-lo […]
[…] e remissão do diabetes tipo 2: depois da cirurgia, muitas pessoas conseguem equilibrar o nível de glicemia e mantê-lo […]
[…] caso de quem tem diabetes tipo 2, o risco de desenvolver a doença pode ser até três vezes maior. Isso, porque, ambos são […]
[…] que quase 90% dos casos de diabetes sejam do tipo 2. Ele tende a aparecer mais tarde na vida, afetando mais adultos e idosos. Os sintomas podem ser […]
[…] o diabetes está mal controlado, pode haver um aumento dos níveis de potássio, uma vez que a função renal […]