O que define a menopausa e como ela impacta a saúde da mulher
A menopausa é o momento caracterizado pela interrupção definitiva da menstruação por um período superior a 12 meses.
Ela marca o fim da idade reprodutiva e geralmente se dá entre 46 e 52 anos, aponta uma metanálise realizada por cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) publicada na revista Menopause.
Embora seja um fenômeno natural, pode trazer efeitos significativos para a saúde física e emocional da mulher.
Reconhecer os sinais, compreender os riscos associados e buscar orientação profissional são medidas essenciais para atravessar essa etapa com qualidade de vida.
O que causa a menopausa
Ocorre principalmente devido à falência progressiva da função ovariana, resultando na diminuição dos níveis dos hormônios estrogênio e progesterona, essenciais para o equilíbrio reprodutivo e metabólico feminino.
Trata-se de um processo inato do organismo que se inicia ainda na fase intrauterina, pois a mulher nasce com um número limitado de folículos ovarianos.
Ao longo da vida, essas estruturas saculares são gradualmente perdidas por ovulação e atresia (degeneração dos que não ovulam e eliminação do estoque folicular), sem reposição, o que leva ao esgotamento completo.
Em alguns casos, pode acontecer de forma precoce, antes dos 40 anos, sendo classificada como insuficiência ovariana prematura. A causa está ligada a fatores genéticos, autoimunes ou como consequência de intervenções médicas, a exemplo da quimioterapia, radioterapia ou cirurgia para retirada dos ovários.
De acordo com a Diretriz Brasileira de Saúde Cardiovascular na Menopausa, documento desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e Associação Brasileira de Climatério (SOBRAC), afeta cerca de 1% das mulheres e está associada a riscos elevados de osteoporose, condições cardiovasculares e distúrbios emocionais.
Hábitos como não fumar, manter a alimentação equilibrada, realizar atividade física e controlar o estresse podem contribuir para o bom funcionamento hormonal.
A menopausa também pode ser tardia (após os 55 anos), mas raramente é revisada na literatura médica devido à baixa incidência, conforme explica estudo publicado na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos.
Nesses casos, a exposição prolongada ao estrogênio pode aumentar as possibilidades de câncer, sobretudo de mama e de endométrio.

Diferenças entre climatério, perimenopausa e menopausa
Não é raro confundir os conceitos. O climatério, na verdade, refere-se ao período completo da transição biológica.
De acordo com a Diretriz Brasileira de Saúde Cardiovascular na Menopausa, ele pode começar por volta dos 40 anos e se estender até os 65 anos, sendo marcado por variações hormonais e questões vasomotoras. Além disso, divide-se em:
- pré-menopausa, quando ocorre o início da queda de fertilidade com fluxo ainda normal;
- perimenopausa, geralmente de dois anos antes até um ano após a última menstruação, com sinais mais intensos e ciclos irregulares;
- pós-menopausa, posterior ao último sangramento, com sintomas estabilizados.
Sintoma comum da menopausa
A ausência completa da menstruação por um período igual ou superior a 12 meses consecutivos, sem outras causas identificadas, é o principal.
Esse critério é considerado o mais confiável para o diagnóstico clínico, especialmente em mulheres com mais de 45 anos, conforme orientações da Diretriz Brasileira de Saúde Cardiovascular na Menopausa.
Outras manifestações frequentemente relacionadas são, na verdade, características de fases anteriores ou posteriores.
Durante a perimenopausa, é comum observar:
- fogachos (ondas de calor);
- suores noturnos;
- irregularidade menstrual;
- alterações de humor e do sono;
- redução da libido;
- dores articulares.
Na pós-menopausa, algumas mulheres podem continuar sentindo:
- secura vaginal e dor nas relações sexuais;
- redução da elasticidade da pele;
- maior possibilidade de ganho de peso e síndrome metabólica;
- sintomas emocionais como ansiedade e depressão.
Fatores que intensificam os sintomas
A intensidade e a duração podem variar em cada pessoa, mas há fatores que comprovadamente contribuem para o agravamento do quadro. Entre eles:
- tabagismo;
- alimentação rica em gordura e pobre em nutrientes;
- sedentarismo;
- excesso de estresse;
- histórico familiar de menopausa precoce ou condições hormonais.

Exames para diagnóstico da menopausa
O acompanhamento com um profissional especializado, como ginecologista ou endocrinologista, é fundamental para o diagnóstico e a condução adequada.
Esses especialistas estão preparados para interpretar os sinais em conjunto com exames laboratoriais, considerar o histórico clínico da paciente e indicar o melhor plano de cuidados.
Além disso, o suporte médico permite avaliar possíveis riscos associados, como osteoporose ou condições cardiovasculares, garantindo mais segurança e qualidade de vida. Entre os procedimentos indicados para a confirmação estão:
- dosagem de FSH (hormônio folículo-estimulante);
- dosagem de estradiol (forma de estrogênio);
- dosagem de TSH (para descartar alterações da tireoide);
- avaliação clínica dos sintomas.
O Cartão dr.consulta facilita o acesso a exames e consultas com valores vantajosos, sendo uma alternativa para mulheres que desejam cuidar da saúde de forma preventiva.
Com ele, as pacientes também são incluídas em programas de saúde com suporte multidisciplinar e atendimentos de enfermagem on-line e gratuitos.

Impactos da menopausa na saúde física
A redução progressiva dos níveis hormonais impacta diretamente a saúde física, como o sistema cardiovascular, o músculo-esquelético e o metabólico. Além disso, alterações na composição corporal, como a diminuição da massa magra, são frequentes após a menopausa e podem agravar condições crônicas já existentes.
Aumento de peso e obesidade
Cerca de 50% das mulheres na pós-menopausa têm obesidade, com altos índices de gordura abdominal, segundo a RASBRAN. O quadro está ligado à redução do estrogênio e à menor taxa metabólica.
Patologias cardiovasculares
A Diretriz Brasileira de Saúde Cardiovascular na Menopausa aponta que a queda de hormônios favorece oscilações nos níveis de colesterol, o aumento da pressão arterial e a rigidez das artérias (arteriosclerose). O risco é ainda maior em quem tem histórico de hipertensão, diabetes ou tabagismo.
Osteoporose
A perda de estrogênio interfere diretamente na manutenção da densidade óssea. Nesse sentido, a perda é acelerada, tornando os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas.
Saúde mental
Estudo publicado na revista Espaço Saúde indica que pessoas na pós-menopausa demonstram insatisfação com a autoestima e autoimagem, além de sintomas como depressão, ansiedade e queda da qualidade de vida emocional.
Há também uma maior incidência de insônia, estresse crônico e transtornos de humor, que afetam a saúde mental, destaca a Diretriz Brasileira de Saúde Cardiovascular na Menopausa

Menopausa e risco de câncer
Essa fase em si não é uma causa direta para malignidades, mas o contexto hormonal associado a ela pode influenciar em alguns tipos.
O uso inadequado da terapia de reposição hormonal (TRH), especialmente por períodos prolongados e sem orientação médica, está relacionado ao aumento do risco de câncer de mama, conforme estudo publicado no Brazilian Journal of Implantology and Health Science.
Além disso, a Diretriz Brasileira de Saúde Cardiovascular na Menopausa ressalta que mulheres na pós-menopausa têm mais chances de desenvolver outros tipos de tumores dependentes de hormônios, como os de endométrio e ovário, especialmente quando há histórico familiar ou uso inadequado de estrogênio isolado.
O tratamento oncológico, por sua vez, pode antecipar a menopausa em mulheres em idade fértil, como ocorre após quimioterapia ou retirada cirúrgica dos ovários.
Tratamentos para melhorar a qualidade de vida após a menopausa
Uma vez que o fim do período fértil gera uma série de impactos no bem-estar geral, medidas podem ser adotadas para amenizar os efeitos provocados. Entre elas:
- manter a alimentação balanceada, rica em cálcio, vitamina D e fibras;
- praticar exercícios físicos regularmente;
- manter o peso dentro dos parâmetros considerados saudáveis;
- controlar a glicemia;
- buscar o apoio de nutricionistas, educadores físicos e psicólogos para potencializar os benefícios dessas abordagens.
Terapia de reposição hormonal (TRH)
O uso de TRH por mulheres com sintomas moderados a intensos é recomendado pela Diretriz Brasileira de Saúde Cardiovascular na Menopausa mais recente — desde que a pessoa não tenha contraindicações prévias.
Deve ser iniciada, preferencialmente, até dez anos depois da última menstruação ou antes dos 60 anos. Geralmente, utiliza-se estrogênio transdérmico em casos de obesidade, diabetes, dislipidemia ou síndrome metabólica.
Entre as opções não hormonais, também existem fitoterápicos e suplementos alimentares, além de antidepressivos e psicoterapia quando há questões emocionais severas.
Por fim, vale reforçar que a menopausa é uma etapa natural e pode ser vivida com qualidade, desde que acompanhada de informação, cuidado e suporte profissional adequado para decisões mais conscientes em prol da saúde.
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