Por que o cansaço é um dos sintomas comuns da depressão?

Estimativas indicam que o cansaço atinge acima de 90% das pessoas com diagnóstico de transtorno depressivo. Não por acaso, indivíduos nessa condição relatam dificuldades para concretizar ações simples, como se levantar da cama e tomar banho.
Em muitas situações, o esgotamento físico e mental permanente costuma ser um dos primeiros sinais a chamar a atenção. Além disso, mesmo que outros sintomas tenham desaparecido, uma fadiga residual pode permanecer – causando um profundo impacto na qualidade de vida.
Em que momento o cansaço é um sinal de alerta
Frequentemente, a primeira palavra que vem à mente quando se fala da depressão é tristeza. Isso acontece devido aos estereótipos sobre como alguém enfermo deve parecer.
Além de afetar a mente, esse transtorno mental se manifesta simultaneamente por meio de alterações físicas. Assim, o humor deprimido pode estar associado àquela angústia de que tudo se tornou difícil e requer cada vez mais esforço.
Contudo, o desgaste isolado não é suficiente para a confirmação de um episódio depressivo. Por isso, a preocupação em torno desse sintoma também considera:
- a presença de desesperança e desânimo generalizado (que talvez não seja tão aparente a quem vê de fora);
- raiva ou irritabilidade;
- desaparecimento do interesse em atividades prazerosas;
- variações no apetite e no sono;
- empecilhos para se concentrar ou tomar decisões;
- dores de cabeça ou em qualquer outra parte do corpo;
- pensamentos sobre a morte, mesmo sem planos específicos para isso.
Junto do esgotamento, pelo menos parte dessas oscilações devem ser notadas por no mínimo 14 dias consecutivos. A avaliação necessária para confirmar esse e outros diagnósticos de saúde mental é conduzida por psiquiatras ou psicólogos.
Nesse processo, esses profissionais atuam para entender se a falta de energia não tem outras motivações: alterações hormonais, fibromialgia ou a chamada síndrome da fadiga crônica podem ser explicações alternativas.
Como é o cansaço de alguém deprimido
É normal sentir que a “bateria” foi consumida depois de um dia longo de trabalho ou após uma atividade física (correr, andar longas distâncias) ou mental muito exigente (se submeter a uma prova, resolver problemas).
Contudo, esse desgaste é que ele geralmente passa quando se tem tempo suficiente para descansar. Um ser humano saudável provavelmente estará apto novamente após dormir bem na noite anterior (o que, em adultos, considera o intervalo de sete a nove horas).
Por conta disso, os especialistas costumam utilizar o termo fadiga para se referir a essa sensação de moleza que se mostra como parte de um transtorno depressivo. Ela compromete gradualmente a capacidade de realizar obrigações que anteriormente eram atendidas sem obstáculos e não melhora com repouso, folgas e férias.
Explicações para esse cansaço e sua relação com a depressão
Ainda que compartilhem determinadas características, cada quadro de depressão é único. Então, é desafiador explicar por que alguns pacientes depressivos notam com maior ou menor intensidade tal fadiga. De todo modo, pode ser acentuada por fatores como:
pode ser acentuada por fatores como:
- variações no padrão de sono, uma vez que é comum que a pessoa passe a dormir menos ou mais, mas de maneira totalmente irregular;
- variações negativas na alimentação (como pular refeições ou substituir alimentos nutritivos por alternativas não tão saudáveis) reduzem os nutrientes disponíveis para o organismo, afetando a disposição;
- exposição constante a situações estressantes, gerando aquela aflição de estar no limite;
- desgaste mental, uma vez que a psique deprimida passa tempo demais fixada em sentimentos ruins;
- perda de vínculo com tarefas antes satisfatórias, o que acentua a percepção de estar sempre cansado;
- desequilíbrios em neurotransmissores como a serotonina (substância química do cérebro), cuja atuação tem papel importante na regulação do humor, da sonolência e da fome;
- efeitos colaterais de determinados antidepressivos (principalmente nas primeiras semanas de uso).
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Recomendações que contribuem para reverter esse tipo de desconforto
Junto do acompanhamento profissional diante de um episódio depressivo, realizado por psicólogos e psiquiatras (que têm a possibilidade de, respectivamente, conduzir sessões de psicoterapia e prescrever medicações), algumas mudanças no estilo de vida ajudam na diminuição do cansaço persistente:
- tentar movimentar o corpo com a prática de exercícios do jeito que for viável (embora pareça não fazer sentido, mexer-se é um estímulo extra no humor e no bem-estar); buscar manter uma alimentação melhor, diversificando os alimentos e nunca ignorando refeições;
- retomar o hábito regular de repouso noturno, com medidas de higiene do sono se necessário;
- reorganizar a agenda, para dividir tarefas que pareçam muito exigentes em demandas menores;
- reforçar formas de conexão social, com amigos e familiares, já que isso pode diminuir a sensação de isolamento, dando um senso de propósito para o dia a dia;
- encontrar técnicas de relaxamento (como meditação e yoga) e opções de lazer que proporcionem prazer.
É possível que o cansaço característico da depressão persista por mais algum tempo. No entanto, pouco a pouco, é esperado que essa percepção diminua e se consiga retornar à rotina, minimizando suas consequências.
Fontes:
[…] cansaço; […]
[…] cansaço frequente; […]
[…] fadiga; […]
[…] cansaço excessivo (físico e mental); […]
[…] cansaço; […]
[…] Sintomas físicos sem explicação médica: dores de cabeça ou no corpo, dificuldade para dormir, cansaço extremo, desconfortos gastrointestinais (diarreia, vômito etc.) e outros sinais podem ter origens […]
[…] depressivos, existe tristeza persistente, perda de interesse em atividades antes satisfatórias, cansaço e dificuldade para dormir, entre outras características comuns em um quadro convencional de estado […]
[…] Em resumo, esse termo compreende as medidas necessárias para privilegiar um ambiente tranquilo e sinalizar ao corpo a hora de adormecer, garantindo assim uma noite tranquila e um dia seguinte mais produtivo. […]
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