Como tratar a hipertensão? Confira 6 orientações
A condição se caracteriza especificamente por um fator: medida da pressão arterial (PA) frequentemente acima de 140 por 90 mmHg, que desencadeia sintomas e complicações ao corpo – afetando os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e rins.
Portanto, controlar a PA é um dos principais objetivos para garantir a prevenção e o tratamento, bem como reduzir agravos cardiovasculares e a mortalidade, informa a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Pensando em como tratar a hipertensão, diferentes métodos (isolados ou combinados) são usados atualmente, proporcionando mais qualidade de vida às pessoas diagnosticadas.
Possibilidades de tratamento da pressão alta
Embora seja uma condição sem cura definitiva, exigindo uma atenção constante ao longo da vida, ela pode ser devidamente controlada com alguns hábitos e cuidados simples:
1. Uso de remédios
Segundo o Ministério da Saúde, o primeiro passo é entender o estágio em que o quadro se encontra e os fatores de risco cardiovascular presentes no momento do diagnóstico.
Assim, é possível definir se e quais medicamentos anti-hipertensivos são indicados no tratamento da condição. Caso sejam necessários, são muito eficazes no objetivo de reduzir a pressão arterial a valores abaixo de 140/90 mmHg.
Vale lembrar que é importante realizar uma avaliação com o cardiologista para o uso correto e seguro de qualquer remédio. A automedicação não é recomendada e pode trazer mais prejuízos à saúde.
Com o Cartão dr.consulta, é possível garantir o acesso a consultas e exames que auxiliam no tratamento e na prevenção da hipertensão.
Dentro do benefício é disponibilizado o programa Viva Bem , que conta com um time multidisciplinar para tirar dúvidas pelo WhatsApp sobre controle da PA, diabetes e colesterol alto (dislipidemia) e realizar consultas de enfermagem on-line.
2. Atenção à alimentação e rotina de atividades físicas
Evitar o sedentarismo e manter uma dieta saudável são condutas importantes que contribuem para o controle da pressão e a eficácia do tratamento farmacológico. Dentro desse cenário, algumas adaptações no preparo das refeições trazem muitos benefícios, como:
- priorizar alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais, carnes magras (frangos e peixes) e itens ricos em potássio (mineral que diminui a pressão e é encontrado em bananas, laranjas, espinafres, brócolis, tomates, entre outros);
- evitar ultraprocessados, gorduras, carne vermelha e excesso de sal (sódio) e de açúcar.
O apoio de um nutricionista pode facilitar a elaboração de um plano alimentar com variações de cardápio que satisfaçam as necessidades e as preferências do paciente.
Em relação às atividades físicas, é importante a prática tanto de exercícios aeróbicos (de longa duração e intensidade moderada ou leve) quanto anaeróbicos (de alta intensidade e curta duração). Alguns bons exemplos incluem:
- caminhadas;
- corridas;
- natação;
- musculação;
- ciclismo.
4. Controle do estresse
Técnicas usadas para acalmar a mente, como meditação e respiração lenta, são frequentemente indicadas para a vida saudável. No caso da condição, elas se relacionam com a diminuição do estresse, um fator que pode contribuir para a alta da pressão devido à liberação de hormônios como adrenalina e cortisol.
De acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (DBHA), estudos também apontam que a meditação pode reduzir em cerca de 4 mmHg a pressão sistólica e em 2 mmHg na diastólica. 2 mmHg.
Ainda não se sabe quais mecanismos operam diretamente para que essa diminuição específica aconteça. Então, pesquisas mais robustas devem ser realizadas para concluir a relação de causa e efeito.
O documento da Sociedade Brasileira de Cardiologia aponta ainda que a respiração lenta reduz a pressão arterial em pouco mais de 6 mmHg na pressão sistólica e diastólica. Para atingir o objetivo, é preciso de seis a dez respirações (inspiração e expiração) feitas em 60 segundos, no intervalo de 15 a 20 minutos por dia.
5. Evitar o tabagismo e consumo em excesso de bebidas alcoólicas
Parar de fumar é uma decisão que traz diversos benefícios para a saúde como um todo. As DBHA alertam que, para o controle da hipertensão, o hábito também não deve ser incentivado.
Pelo contrário: sabe-se que o uso de tabaco (seja em cigarros tradicionais ou eletrônicos, charutos, cigarrilha, cachimbo e narguilé) aumenta a pressão arterial entre 5 e 10 mmHg e eleva o risco de complicações cardiovasculares (além do câncer).
Em relação ao álcool, pesquisas indicadas pela DBHA mostram que reduzir o consumo de bebidas alcoólicas pode diminuir em mais de 5 mmHg a pressão sistólica.
6. Diminuir a gordura visceral
É importante lembrar que o excesso de adiposidade (gordura) na região abdominal é responsável por 65 a 75% dos quadros. As diretrizes apontam que, mesmo que a pessoa não atinja o peso desejável, perder medidas já contribui diretamente para o controle da pressão arterial.
Por fim, é importante lembrar que, mais do que tratar a condição, ter como objetivo a sua prevenção desde cedo é a melhor forma de proteger a saúde. Por isso, é essencial o conhecimento sobre as principais causas e hábitos não saudáveis que contribuem para a evolução do quadro.
Fontes:
[…] Por fim, o chá de hibisco parece também auxiliar no controle de outra condição que pode provocar disfunções cardiovasculares e em outros órgãos, principalmente no longo prazo: a hipertensão arterial. […]